Capítulo 3

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— Como é? — Ron perguntou, confuso.

— Vamos ajudá-lo, Ron. 

— Harry, você acabou de dizer coisas horríveis que esse maluco fez e ainda quer ajudá-lo?! Ele é um Malfoy! O pai dele deu o diário de Riddle à Ginny! Ela quase morreu, está lembrado?! Ele já fez de tudo para tirar meu pai de seu posto no ministério! Ele quase me matou! — Ron apontou o dedo na direção de Malfoy.

— Tudo o que disse, com excessão da última coisa — disse Hermione calmamente —, foram atos de Lucius Malfoy e tenho certeza que Draco ficou sabendo de seus feitos tão rápido quanto nós.

— Por que está defendendo ele, Mione? Por que está falando dele como se tivesse intimidade? Está até chamando ele pelo primeiro nome.

Ron estava vermelho de tão enraivecido. Sua inquietação e ranger de dentes estavam muito mais evidentes que o normal. Mais até que quando viu Ginny e Dino Thomas aos beijos, ou quando haviam provocações do time da Sonserina nos jogos de quadribol.

— Nós conversamos um pouco nas monitorias, ok? E ele tem a mesma idade que nós, não há necessidade de muita formalidade.

— Eu não confio nele.

— Ron, sinceramente? Eu também não. — Harry fala com a mão em seu ombro. — Mas Mione pode estar certa. Malfoy não é o pai dele... Ele só não tem muitas escolhas quanto a isso.

Hermione sorri pra Harry com os olhos marejados e se levanta. Ron estava olhando para o lado, contraindo os lábios e se surpreende ao sentir o encontro das mãos de Hermione às dele.

— Ron, por favor. — ela olha em seus olhos — Eu não estou pedindo para esquecer tudo o que houve no passado, nem para que confie cegamente em Draco... Só considere a ideia de que ele não teve o direito de escolha na maioria das vezes. — ela suspirou. — Você tem o maior coração entre nós, Ron, só deixe ele falar mais alto agora.

Ele não acreditava que aquelas palavras estavam vindo de Hermione Granger. Aquilo deveria ser muito importante para ela falar algo assim. Mas por qual motivo seria? Será que..

 "Não, isso era impossível", pensou com ar um tanto cômico.

O ruivo analisou toda a situação com o máximo de cuidado que conseguia naquele momento. "Não acredito que estou fazendo isso", respirou fundo e olhou para o teto. 

Ele sentia o calor da lareira e o calor das mãos de Hermione sobre as dele, e não sabia dizer qual era mais quente e reconfortante. Descendo lentamente seu olhar, a imagem da garota sendo iluminada pelas chamas vindas da lareira iam a seu encontro, preenchendo algo em seu interior. Ele se sentia mais confiante quanto a decisão que iria tomar, mas como não sentir com aquele olhar ansioso por uma resposta e aquele pequeno sorriso sendo formado em seus lábios naturalmente rosados? 

Ele estava praticamente sendo forçado a concordar. Ron respirou fundo, reunindo todas as forças para voltar a si.

— Tudo bem... Mas se ele sair um centímetro da linha, eu acabo com ele! 

Hermione não pôde conter a felicidade. Quando se deu por si, estava abraçando o ruivo com força; pouco corada, ela o liberou de seus braços com um sorriso tímido.

Enquanto isso, Malfoy observava a cena deitado na cama. Nunca imaginaria que Weasley ficaria tão relutante à ideia de ajudá-lo. Pelo menos não mais que Potter.

Draco começou a abrir os olhos e se mexer na cama como aviso que estava despertando. Não aguentava mais ser um expectador do próprio destino. Aquela seria a hora de tomar sua decisão: trair o Lorde das Trevas ou continuar com seu plano. Qual delas seria?

Através de minhas escolhas - DRAMIONEWhere stories live. Discover now