Enquanto Draco se levantava, Arthur Weasley o avistou de longe. O homem estava buscando por Harry, Ron e Hermione, conferindo se estavam ali ou se já haviam fugido, dando início lá seja lá o que era a missão que Dumbledore havia lhe dado. Seguindo este pensamento, ele sabia que se havia alguém ali que poderia saber do paradeiro do trio, era o jovem Malfoy.
No momento em que o homem começa a ir na direção do garoto, sua filha se coloca na frente do garoto com a varinha em mãos. Seu olhar cheio de fúria, seu punho fechado, sua feição rígida; tudo isso indicava o que estava por vir. Arthur logo correu para impedir que o pior acontecesse.
- Eu cuido disso, querida. – disse tocando em seu braço com delicadeza.
- Mas ele é um deles! Você sabe o que o pai dele fez comigo e o que ele já fez para nossa família! – vociferou ainda com a varinha apontada para Draco.
- Draco não é Lucius. Há coisas acontecendo, Ginny. Coisas que no momento certo você ficará ciente. Procure sua mãe e seus irmãos, OK? Encontro vocês logo.
Draco não falava nada, não tinha o que falar. A namorada de Potter era tão cabeça quente quanto o próprio. Mas quem era ele para julgar?
Enquanto Arthur acalmava Ginny, um comensal se aproximava sorrateiramente para atacá-los, mas Draco foi mais rápido. Com um breve aceno e um feitiço silencioso, o homem mascarado voou longe.
Antes de dar as costas por completo, Ginny viu o ato do garoto e saiu pensativa, imaginando exatamente o motivo de Malfoy ter feito tal coisa.
Arthur olhava para Draco com a expressão séria, apontando a varinha para o garoto da mesma forma que o loiro estava fazendo. O momento era muito complicado para dar brechas e ativar desconfiança de ambas as partes, não poderiam deixar que nada acontecesse, nada que comprometesse a verdadeira posição de Draco perante a Ordem e os Comensais.
Draco fez sinal para saírem dali, para ficarem em um local mais reservado, Arthur assentiu e começaram as trocas de feitiços entre si. Os estampidos altos dos feitiços que saiam de suas varinhas mesclavam com a balbúrdia que acontecia ali em volta deles. Comensais gargalhavam ao ver tantas pessoas feridas, alguns paravam para observar o jovem Malfoy batalhando com o traidor do sangue que Lucius tanto odiava. A troca de investidas continuou por alguns minutos antes de Arthur falar o local onde eles poderiam conversar tranquilamente, e assim que foi dito, aparataram.
Ambos estavam no sótão d’A Toca, buscando um pouco de ar para conseguirem falar tranquilamente entre si. Draco apoiou-se no canto sombrio da parede, onde ninguém que entrasse no local o visse de primeira, dando tempo para que ele pudesse sair dali.
- Onde eles estão?
- Eles estão bem. Conseguiram fugir.
- Isso é ótimo! – disse o homem com uma certa empolgação. – Você sabe o que eles vão fazer, não sabe?
- Com todo o respeito, Arthur, esse assunto não diz respeito a ninguém além de Harry, Ron e Hermione. Mas respondendo sua pergunta, sei. Sei, sim.
- Bom, acho que era o que Dumbledore queria.
Arthur disse com certo pesar aquelas palavras. Era óbvio que estava preocupado com o filho, com Harry e Hermione, que ele tinha tanto apreço quanto. Ambos eram da família.
Draco observou bem o local, conferindo se não havia ninguém ali que pudesse vê-los, e foi na direção do homem, o olhando nos olhos, colocando sua mão no ombro de Arthur.
- Escute, sei que está preocupado com eles, mas tenho certeza que ficarão bem. Você melhor que ninguém sabe das coisas que eles já passaram juntos e isso só vai ser mais uma história para ficar registrada na longa lista de coisas que o trio de outro fez.
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Através de minhas escolhas - DRAMIONE
FanfictionDraco sempre observou o trio heróico de longe, e por maior que fosse seu ódio, algo começou a despertar no momento em que seus segredos foram revelados e eles se ofereceram para ajudá-lo. Malfoy não entendia essa atitude. Especialmente por vir quase...