Capítulo 20

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A correria na mansão Malfoy seguia com as trevas infectando cada vez mais o mundo bruxo, afetando também o mundo trouxa. As névoas negras compostas por dementadores, os ventos fortes que derrubavam arvores e pontes, os assassinatos sem ligação e os desaparecimentos. Tudo estava um caos.

Com o decorrer dos dias, Draco conseguiu mandar cartas para os três amigos através de Snape, que era um dos únicos que não tinha a correspondência verificada e rastreada; as respostas viriam através das moedas encantadas, excerto as de Hermione, que por serem mais intimas e melosas, Harry e Ron pediram para não saber do conteúdo, logo suas respostas viriam em pequenas cartas.

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Harry estava deitado em sua cama quando ouviu uma coruja negra bicando sua janela, enquanto carregava um pequeno pergaminho amarrado em sua pata. Abrindo a porta e pegando o pequeno pote de água de Edwigs, deixou que a criatura descansasse um pouco da viagem.

Ele abriu o pergaminho curioso reparando que usaram um feitiço de encolhimento para não levantar suspeitas. Com um breve aceno de sua varinha, o pedaço de papel em sua mão expandiu revelando a letra em itálico bem desenhada.

Olá Lipball, como vai? Tenho muito a lhe explicar, certo?

Tudo o que viu naquela noite foi planejado por ele. Fui contra desde o começo, mas sabe como aquele velho era teimoso e fazia tudo da maneira que bem entendia. Você melhor que ninguém sabe disso.

Neste momento devemos seguir suas ordens, por mais absurdas e injustas que foram. Este é o peso que carregamos por pertencer totalmente à ele.

As coisas por aqui estão complicadas e você já imagina o motivo. Estou me mantendo firme, creio que tudo ficará bem quando acabar. Só quero que entre logo as partes para que o fim chegue mais rápido, então aprese-se e não morra.

- Little W.

- Lipball? Que criatividade, Malfoy. – riu ao lembrar de seu primeiro jogo de quadribol, onde acabou pegando o pomo de ouro com a boca.

Harry fechou os olhos colocando a carta sobre o peito. O sol de verão que batia em sua janela aquecia sua pele de maneira que o acalmava, ainda mais agora sabendo que o loiro estava bem e não corria tanto perigo como imaginava. Por outro lado, algo em seu interior ainda o incomodava desde aquela noite. Potter revivia a cena da morte de Dumbledore e o diálogo que o Professor teve com Draco, todas as noites sem exceção.    
Por qual motivo Dumbledore traçaria um plano onde ele morreria? Como ele poderia confia em Snape depois de ver a maneira com que o homem olhou o Diretor antes que ele o matasse?            
                                                                                                    
Harry olhou para onde a coruja descansava junto a gaiola de Edwiges, visualizando o jornal que estava ali. Ao se levantar pôde ver a imagem de Dumbledore e uma entrevista com Rita Skeeter sobre o liro que escreveu da vida do homem, onde cada parágrafo fazia Harry querer que ela fosse levada pelos comensais. Mulher insuportável. Os absurdo escritos difamavam a imagem do homem, aquele é foi um dos maiores bruxos existentes.

Os olhos verdes do garoto se escureciam a medida que lia as linhas da entrevista que Skeeter deu com tanto gosto. Seus dedos amassaram as páginas mostrando a fúria que corria em seu interior. Aquilo era ridículo. A maneira com que as palavras da mulher ecoavam em sua mente... ele podia jurar que lá no fundo a voz dela ecoava junto.

“Dediquei um capítulo inteiro à relação Potter-Dumbledore... há quem a considere doentia e até sinistra... Ele próprio lidou com as artes das trevas em sua juventude...”

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