Capítulo 7

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Adentrando a porta, os quatro se viram numa sala grande e sombria. O lugar, coberto por uma camada espessa de poeira e repleto de objetos sob panos negros, era totalmente distinto do amplo e organizado espaço em que treinavam feitiços no ano anterior. Não importava para onde olhavam, algo sempre lhes despertava curiosidade; sejam as jóias, frascos ornamentados, animais empalhados, peças de xadrez gigantes, ou um grande armário negro.

- Esse é o armário que vimos na loja Borgin & Burkes. - Harry passa a mão pela madeira negra.

- Borgin & Burkes? Por que iriam lá?

- Nós o seguimos - disse o ruivo.

- Vocês me seguiram? - Malfoy cruzou os braços.

- Bem, sim. - Hermione ficou corada ao ver que o olhar do garoto vinha de maneira tão direta e intensa - também vimos que havia reservado algo... Tentei descobrir o que era, mas fui expulsa da loja.

Por um instante o clima ficou com o ar pesado. O trio trocava olhares entre si, hesitantes em falar algo. Malfoy dá alguns passos em direção ao armário e se vira. Sua mão direita estava a frente do queixo, seu dedo indicador fazia movimentos de vai e vem no lábio inferior, enquanto ele os encarava com frieza.

- Então era você a garota que fingiu ser minha amiga, Granger?

- Então você soube? - ele assentiu - s-sim...

Hermione deu um passo na direção de Draco e como um reflexo, ele fez o mesmo. O coração da garota estava a milhão. Não sabia se, ou o que deveria falar. Nunca havia o tinha visto com essa expressão. Será que deveria ter dito isso a ele antes? Não. Independente da intimidade que haviam criado, não houve brecha para o assunto. Ela da mais um passo à frente, e quando finalmente toma coragem para dizer algo, Draco solta uma gargalhada. Não só a garota, mas Harry e Ron ficaram sem entender. Malfoy coloca a mão no topo da cabeça de Granger e da um sorriso divertido.

- Não acredito que estou diante da pessoa que tentou descobrir um objeto que eu tinha reservado se passando por uma amiga minha - ele se vira ainda rindo - acho que inteligência realmente não é tudo. - Hermione faz uma cara feia em direção ao garoto - Enfim, esse é o objeto que queria lhes mostrar. Mas devo dizer que estão errados quanto ao fato de ser o mesmo que viram na Borgin & Burkes.

- Como assim? É exatamente o mesmo armário que vimos. - disse Harry confuso.

- Existem dois deles, Potter. Simplificando a história, eles servem como um transporte de objetos ou pessoas - fez-se silêncio -, quem tem o outro armário pode transportar o que quiser para o local onde o outro estiver e vice versa.

- Assim dando acesso à Hogwarts Independente das proteções... - Hermione olha fixamente para Draco.

- É genial... mas é horrível. - disse Ron.

- Então era isso que estava consertando? Voldemort quer usar o armário para destruir Hogwarts?

- Não destruir - ele desvia o olhar -, mas matar Dumbledore e assumir o controle da escola.

- Ah... - ele olhou os olhos levemente marejados de Hermione - então era sobre isso que falaram com Dumbledore aquela noite. - ele assentiu - Isso não pode acontecer. Dumbledore não... - as palavras fugiram da boca de Harry.

- Por que não contaram isso antes? - Ron deu um passo a frente.

- O Professor Dumbledore pediu para agir com cautela, mesmo com vocês. - explicou a garota tristonha.

- Nem você e nem Potter pareciam ter me aceitado tão bem quando fomos falar com ele. Então preferiu que ficássemos quietos até o momento certo, não se lembram?

Através de minhas escolhas - DRAMIONEOnde as histórias ganham vida. Descobre agora