Capítulo 26

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O clima estava razoavelmente agradável nesses dias que estavam passando, Draco passou a maior parte do tempo estudando poções, oclumencia, legimiencia e alguns feitiços que estava criando juntamente a Snape. Estava no final da tarde quando o Malfoy foi até o porão fazer sua verificação diária em Olivaras, o fabricante de varinhas. 

Todos os dias ao pôr do sol, Draco levava alimento e verificava a situação do velho senhor que Voldemort capturara para que pudesse arrancar todas as informações possíveis. Ninguém ali entendia muito bem o que o Lorde queria com aquilo, mas o loiro se ofereceu de bom grado a observar de perto o homem, já que foi ele quem o torturou até chegar a inconsciência para trazê-lo para a mansão Malfoy – pelo menos era isso que pensavam. 

O garoto descia as escadas de pedras escuras com uma bandeja metálica em mãos, indo na direção do senhor amuado no canto do local amplo. As tochas aqueciam e iluminavam o local sombrio e o elfo da família fazia limpeza toda semana, mantendo o lugar habitável, ou quase. Ele coloca a bandeja no chão perto do homem, que se aproxima para pegar a tigela com batatas e frango assados, os devorando em minutos. 

- Não precisa ter pressa, ninguém vai tirar a comida de você. – disse se sentando. 

Olivaras acena positivamente enquanto morde um pedaço generoso da coxa de frango. Ele estava faminto. Draco engoliu seco ao ver a vontade com que ele devorava a refeição que não passava de sobras das refeições que os elfos faziam para alimentar os comensais.

- Ninguém te alimenta fora eu?

- Um elfo me traz pão e suco de abóbora pela manhã. 

- Apenas isso?

- Acho que é muita coisa dado a situação. Creio que Aquele-que-não-deve-ser-nomeado não me daria nada além de pão seco e água. 

- Cuidarei para que te alimentem melhor, não podemos deixar que fique doente. O Lorde não gostaria de ver sua fonte de conhecimento de varinhas definhar dessa maneira. 

- Por que está fazendo isso, meu jovem? 

- Perdão?

- Você nunca fez nada de mal, seu olhar tem bondade, posso ver. 

- Tenho meus motivos.

- Imagino que sim. Draco Malfoy, pilriteiro, núcleo de pelo de unicórnio, razoavelmente flexível. – ele sorri. 

- Como pode se lembrar? – perguntou embasbacado. 

- Ah meu jovem, lembro-me de cada varinha que fabriquei e seus respectivos portadores. Tenho uma boa memória. 

- De fato, tem mesmo. 

- Sabe, as varinhas cujo o núcleo é formado por pelo de unicórnio são as mais difíceis de ser corrompidas pelas trevas. Curioso, não acha?

- A um tempo atrás me surpreenderia, mas agora posso dizer que ela me escolheu bem. – disse, nostálgico lembrando-se das falas de Dumbledore e Sr. Weasley. 

- Agradeço pela preocupação e pelo bom acolhimento, jovem Malfoy. 

- Poderia me agradecer me explicando o que exatamente o Lorde deseja.

- Esperto, muito esperto. – o velho olhou nos olhos de Draco. – Ele está procurando uma varinha que aumente seu poder, uma varinha que possa atingir Potter. Há uma curiosa incidência entre as varinhas de Harry Potter e Aquele-que-não-deve-ser-nomeado, elas têm um núcleo gêmeo, foram fabricadas pela mesma pena de fênix. Isso impediu inicialmente que o seu Senhor conseguisse derrotar Potter em um duelo, então o aconselhei a mudar de varinha, mas aparentemente não houve sucesso.

Através de minhas escolhas - DRAMIONEWhere stories live. Discover now