33 - Esforçamo-nos em promover tudo quanto conduz à paz.

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Claudia ouviu o riso das duas quando entrou em casa; foi direto para o quarto, tomou um remédio para dor de cabeça, e foi tomar um banho, há tempos que não se sentia tão esgotada; gostaria de dizer que a dor de cabeça devido a pancada que dera na cabeça de Michael, mas sabia que não era. A noite mal dormida, e a aflição por esperar que Michael aparecesse em sua sala para falar sobre a filha, deixara-a angustiada, e tomar a decisão de ir atrás dele, mesmo que fosse para falar da filha dele, foi uma péssima ideia.

O celular tocava quando saiu do banheiro. Era Artur. - "Por que não sinto por ele o que eu sinto pelo Michael"? - Pensou atendendo a ligação.

- Oi Artur!

- Oi! Eu te procurei e você já havia saído, está tudo bem?

- Sim tudo bem, a minha cabeça está doendo por isso eu saí um pouco mais cedo.

- Está precisando de alguma coisa?

- Não obrigada! Já tomei um analgésico, espero estar melhor para voltar à tarde.

- Se precisar de alguma coisa me liga, tudo bem?

- Obrigada querido eu ligo sim. - Respondeu carinhosamente. - E o que era, que você me procurou?

- Eu queria te convidar para almoçar, e estou com a autorização da Katie, o Mike pediu para eu te entregar.

- Entendo! - Sussurrou em fio de voz.

- Vamos fazer assim, que tal irmos ao karaokê hoje a noite? - Perguntou esperançoso.

- Eu gostaria muito, só tem um problema, a minha irmã está aqui em casa, e não posso simplesmente deixá-la. - Disse sem jeito.

- Chama ela pra ir com a gente! - Disse sorrindo.

- Tá bom então, combinamos o horário na escola, pode ser?

- Combinado! Até mais, fique bem!

- Obrigada, até mais tarde. - E desligou o celular, sentindo-se uma ingrata.

Minutos depois foi à cozinha verificar os desastres que a irmã já teria causado. Carla secava a louça que Luciana lavava, sorriu ao vê-las se dando bem, de alguma maneira via a irmã de sua infância naquela cena, ela parecia feliz e em paz.

- Oi! - Cumprimentou Claudia sorrindo, e vê a irmã daquela maneira alegrava e muito o seu coração; as duas responderam também sorrindo.

- E aí como foi no trabalho? - Perguntou Luciana, como fazia diariamente.

- Graças a Deus foi tudo bem! - Respondeu e o franzido na testa da irmã não lhe passou despercebido. - O que foi Carla, algum problema? - Perguntou fingindo não entendê-la e começou a por à mesa.

- Nada! - Respondeu olhando de Claudia para Luciana, que entretida na louça não percebeu os olhares das duas. Carla se aproximou de Claudia. - Desde quando você é tão agradecida a Deus? - Cochichou no ouvido da irmã, que sorriu.

- Desde quando eu venho tentando me comunicar com ele. - Respondeu baixinho.

- Você só pode estar de brincadeira! - Disse voltando para a louça.

- Luciana e como foi aqui, com a minha irmã te enchendo a manhã toda? - Perguntou Claudia erguendo a sobrancelha para a irmã.

- Foi tranquilo! Ela foi simpática. - Respondeu sorrindo.

- Aí meu Deus! A Carla simpática? Eu vivi para ouvir isso. - Respondeu gargalhando, e Carla mostrou a língua pra ela, fazendo-a rir ainda mais. - O Hércules vem almoçar com a gente?

Deus também estava lá.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora