57 - Tornaste o meu pranto em regozijo.

523 61 41
                                    

Os dois ficaram em silêncio no elevador, cada um perdido em sua própria insegurança, era a primeira vez que ela saia com um rapaz, e pela segunda vez ele estava nervoso diante de uma garota, e ao contrário da primeira vez ele não fazia ideia do que fazer e queria muito que durasse, que ela sentisse o mesmo que ele.

- Obrigada pela noite maravilhosa. - Disse saindo do elevador, ele a acompanhou.

- Você é o motivo da noite ter sido maravilhosa. Obrigado por me deixar fazer parte da sua vida.

Ela virou-se para ele, devido a proximidade ela chocou com ele. Ele a pegou pela cintura e ficaram os dois se encarando, ambos com a boca seca e o coração acelerado. Ele tocou a testa na dela fechando os olhos.

- Boa noite minha querida. Dorme bem. - Beijou-a na testa e afastou-se, ela segurou-o pelo braço.

- Mike lembra de quando fui sequestrada? - Ele gemeu não gostava nem de lembrar daquela noite.

- Sim lembro-me. - Disse pesarosamente.

- Lembra-se do que quase aconteceu naquela tarde no estacionamento? - Perguntou tremendo, ele aproximou-se, lembrava bem de algo que quase acontecera naquela tarde e que o perseguia por suas noites, passou as mãos nos braços dela.

- Está com frio? - Perguntou arqueando a sobrancelha.

- Não. Só estou um pouco nervosa! - Disse tremendo ainda mais.

- Cadê a sua chave? - Perguntou abraçando-a.

- Na bolsa. - Respondeu afastando-se dele contra a vontade, pegou a chave, mas não conseguiu abrir a porta.

- Com licença! - Pediu abrindo a porta, ela entrou tremendo e de cabeça baixa. - O que exatamente você quer saber se eu lembro? - Perguntou atrás dela fechando a porta.

- Deixa pra lá, é bobagem! - Argumentou constrangida colocando sua bolsa e o presente de Katherine no sofá.

- Não, não é bobagem! - Sussurrou virando-a, pegou o rosto dela entre as mãos. - Você quer saber se lembro-me do quase beijo no estacionamento? - Ela assentiu, pois não confiava na própria voz. - Claro que eu lembro, como eu poderia esquecer! - Disse passando o polegar na bochecha dela.

As pernas dela tremiam tanto que ela não entendia como estava de pé ainda. Ela pousou a mão no peito dele, e seu corpo inteiro reagiu ao peito viril sob a camisa.

- Eugostariaquevocêmebeijasse. - Ela disse acelerado. - Ele parou o carinho que fazia no rosto dela engolindo seco.

- Acho que não entendi o que você disse. - Disse com o coração em saltos; corada ela cerrou os lábios. - Querida, eu preciso ter certeza de que entendi o que acho que entendi. - Disse voltando a fazer carinho em seus braços, ela respirou fundo.

- Você não quer me beijar? - Perguntou com o rosto ardendo, ele sorriu.

- Então, eu ouvi bem? - Ela assentiu. - Não há nada que eu queira mais do que te beijar! - Disse sorrindo.

- Então beije-me. - Sussurrou, ele afastou o rosto do dela, olhou-a nos olhos e tocou sua boca na dela de leve, mas no momento em que sentiu seus lábios, o desejo tomou conta de seu corpo, e ele tomou a boca dela com voracidade.

Claudia prendeu a respiração, pois a sensação que ela teve era a de que estava caindo em um buraco ou descendo em uma montanha russa em alta velocidade, tamanho o frio na sua barriga e o coração acelerado, com seu corpo todo perdendo o equilíbrio ela se apoiou nele, totalmente sem força nas pernas, ele a apertou pela cintura segurando-na enquanto a beijava, e naquele momento ela sentiu-se a mulher mais feliz do mundo, e que nada poderia magoa-la.

Deus também estava lá.Where stories live. Discover now