39 - O Senhor sonda os corações.

405 65 10
                                    

Michael mandou uma mensagem para o seu pastor antes do café da manhã, gostaria de falar com ele no horário do almoço. Encontrou a filha e dona Neuza à mesa.

- Cadê todo mundo? - Perguntou franzindo a testa.

- O tio Patrick tomou um café puro queimando a língua e saiu correndo. - Respondeu Katherine.

- Algum problema no trabalho, parecia grave, pelo modo como ele ficou. O trabalho desse menino é muito perigoso! E seu pai disse que precisava resolver uma coisa com urgência, e a Lauren...

- Bom dia! - Cumprimentou Lauren chegando de uma corrida.

- Bom dia. - Responderam todos. Ela foi até a filha e beijou-a no rosto.

- Boa aula minha filha, Deus te proteja. Dona Neuza eu vou tomar um banho e desço para te ajudar, pode tirar a mesa, eu como alguma coisa mais tarde, bom trabalho Michael; que tal você pegar uma rosa no jardim e levar para ela; ela ama rosas vermelhas. - Sussurrou no ouvido dele, ao passar por ele.

Michael olhou para as duas sentadas à mesa, mas ambas estavam falando sobre orar por Patrick, não estavam observando-o vermelho até o couro cabeludo, sentou constrangido.

Talvez a rosa não fosse uma má ideia, mas não queria meter os pés pelas mãos, iria esperar pela resposta de Deus, um pouco de prudência não lhe faria mal, já ficara tempo demais sozinho, para agora se perder por estar com pressa.

- Pai eu te espero no carro. - Disse a filha beijando-o e subindo, ele franziu a a testa.

- O que deu nela? Não precisei dizer pra ela se apressar? - Perguntou intrigado, surpresas nunca eram boas com a filha.

- Ela não me disse nada dessa vez. - Respondeu dona Neuza levantando. Ele terminou seu café e subiu ainda pensando na filha.

- "Cadê essa menina"? - Pensou ao chegar no carro e nem sinal dela, pegou o celular para ligar, o pastor havia respondido, esperaria por ele na igreja.

- Oi pai! - Surpreendeu com a filha ao seu lado, e ficou em choque ao vê-la com um buquê de flores. - Desculpe-me, por ter demorado um pouco, eu não sabia que demorava tanto para fazer um buquê, mesmo um pequeno. - Disse sorrindo e entrando no carro.

Ele não se mexeu, o buquê era mesmo pequeno, mas estava bem arrumado e havia rosas vermelhas e brancas.

- Pai? - Chamou tirando-o de seu torpor.

- "De onde essa menina tira essas coisas"? - Pensou frustrado, entrando no carro. - Foi sua mãe que te ajudou a fazer o buquê? - Perguntou desconfiado.

- Não. Foi foi o seu José, ele leva o maior jeito, ficou lindo, não ficou? - Perguntou orgulhosa.

- Ficou sim, e para quem é esse buquê? - Perguntou inocentemente.

- Para a tia Claudia. Eu perguntei se ela gosta de receber flores, e ela disse que gosta muito, que é uma pena que as pessoas só lembram de dar flores a ela, quando ela está hospitalizada, por isso eu vou levar pra ela, eu tenho certeza que ela vai amar. - Disse sorrindo.

Ele sorriu pra ela pelo retrovisor e não disse nada, estava surpreso com a atitude da filha.

🌹🌹🌹

Claudia terminava de se arrumar e lamentava, pois pela segunda manhã consecutiva não iria ler a bíblia antes de ir para o trabalho, pois perdera a hora. Distraída assustou quando bateram na porta, pensou que fosse Luciana preocupada.

- Entre! - Respondeu.

- Sou eu Claudia. Gostaria de falar com você. - Pediu Hércules, ela foi até a porta e abriu.

Deus também estava lá.Where stories live. Discover now