No intervalo para o recreio Michael foi procurar por Claudia, pegou o celular e distraído ficou olhando as mensagens, e parou de repente ao ler a mensagem de Victória. O que o surpreendera, não foi a amiga manda-lo uma mensagem foi o conteúdo da mensagem.
Você ainda anda com o desenho da rosa que sua irmã fez pra você? Se ainda estiver na sua carteira eu posso vê-la? Te espero na minha sala no recreio.
Ela própria pedira inúmeras vezes para que ele jogasse aquele desenho fora, claro que ele não havia jogado, agora ela queria vê-lo! Isso estava muito estranho, aliás ela estava estranha desde o dia anterior, mas infelizmente se era um problema com um paciente, ele não poderia ajuda-la.
Pegou a carteira e tirou um papel dobrado no meio, encostou na parede e desdobrou o papel, a marca da dobra danificara o desenho, mas ainda estava nítida a rosa vermelha desenhada pela irmã, ele disse cada detalhe do que se lembrava a ela, até ele vê exatamente a tatuagem do punho de uma mulher que provavelmente nunca mais a veria, ou saberia dela; mesmo dez anos depois, ele fechava os olhos, e conseguia lembrar de cada detalhe daquela fatídica noite, sacudiu a cabeça dobrou o papel e foi para a sala de Victória.
Bateu na porta nervoso, esse assunto o deixava apreensivo.
- Oi! - Disse da porta com um meio sorriso.
- Oi! - Disse saindo de trás da mesa. - E então? Ainda tem o desenho. - Afirmou sorrindo.
- Pensei seriamente em dizer que joguei fora, como você queria. - Disse pegando o papel da carteira e estendendo a ela.
- Você jamais mentiria pra mim, e eu pedi isso para o seu bem, você estava obcecado. - Lembrou pegando o papel, abriu-o lentamente, e ficou olhando-o como fizera na primeira vez em que vira aquele desenho.
- Por que você queria tanto vê esse desenho depois de tanto tempo? - Perguntou sério. Ela dobrou o papel e devolveu pra ele, ignorando a pergunta; ele detestava quando ela fazia isso, pois indicava claramente que ela estava lhe escondendo alguma coisa.
- Mike lembra quando você teve aquela crise, pensando desesperadamente nela logo que começou as aulas?
- Lembro por quê? - Perguntou intrigado.
- Eu tenho pensado nela, aliás eu tenho sonhado com ela. - Sussurrou.
- Sonhado com ela, como? Com a tatuagem? - Perguntou preocupado, não queria que a amiga tivesse problemas por causa dos desequilíbrios emocionais dele.
- Esquece isso, não se preocupe. Está tudo bem. - Disse puxando-o para se sentar. - O que eu quero saber é se você se lembra do que aconteceu para que você voltasse a pensar tanto naquela noite.
- Do famoso gatilho? Eu não sei exatamente. Foi na primeira vez que eu vi a Claudia, eu o Artur estávamos no Fernando, e o Artur fez um comentário infeliz, que só alguém com marcas horrorosas pelo corpo poderia usar roupas que a cobriam toda, nesse calor de quarenta graus, e eu lembrei da garota largada na calçada ensanguentada, eu nunca vou compreender como puderam deixá-la na rua daquele jeito, já não bastavam o que fizeram com ela? - Disse com os olhos marejados.
- Desculpe-me, por fazer você lembrar disso, mas eu tenho mais uma perguntinha, é por isso que você trata a Claudia com tanta frieza? Por que ela te fez lembrar daquela garota?
- Não! Não é por isso. - Ele olhou o relógio. - Aliás, eu marquei com ela, depois conversamos sobre isso, pode ser? Ela já me acha um Neandertal, imagina se eu a deixo plantada me esperando! - Disse sem humor.
- Hoje a noite, trate ela bem! Seja simpático com ela, deixe ela vê o príncipe que você é, se permita ser feliz, e fazer uma boa mulher feliz! - Pediu beijando o rosto dele.
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Deus também estava lá.
रोमांसClaudia é uma jovem traumatizada, protegida pelos pais, e descrente. Ela decide morar sozinha e trabalhar, e quer ser livre e independente. Mas a mãe dela contrata Luciana para trabalhar na casa dela e o primo Marcelo vai passar uns dias com ela, e...