49 - Buscai primeiro o reino de Deus.

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Michael admirava-a dormir, a única pessoa a quem ele admirara enquanto dormia era a filha, mas ali estava ele sentado em uma cama de hospital e não se cansava de admira-la, ela era linda e estava tão serena e tranquila, em seu sono reparador!

- "Abençoe-a Senhor para que ela não tenha pesadelo, e que ela se recupere logo e volte para casa. Dê-me sabedoria para eu falar com ela, seja o Senhor com ela, para que ela te ame, e te aceite como Senhor da vida dela, e se for possível realizar o desejo do meu coração, se essa for a Sua Vontade para as nossas vidas, que ela venha a sentir por mim o mesmo que eu sinto por ela, e possamos juntos Te Servir e fazermos um ao outro feliz neste mundo até o momento de estarmos na Sua Presença, em nome de Jesus Senhor ouça o clamor do Seu servo. Amém". - Orou.

Distraído quase caira da cadeira ao ouvir a voz da mãe de Claudia ao seu lado, não a ouvira entrar, muito o admirava Claudia não ter acordado com o escândalo da mãe.

- Que diabos você está fazendo aqui sozinho e bulinando com a minha filha? - Perguntou ela furiosa.

Ele ficou corado. Ele não estava fazendo nada demais, sacudiu a cabeça confuso, tentando visualizar o que ela vira. Ele estava sentado na cadeira, segurando a mão de Claudia e inclinado, mas sua cabeça estava encostada na cama, talvez tocando, mais muito de leve a costela dela ele jamais faria algo tão desprezível.

- Boa tarde dona Marta, eu jamai...

- Não me interessa!  - Exclamou erguendo as mãos. - Quero você fora daqui.

- Dona Marta, eu prometi...

- Você quer que eu chame a polícia? - Gritou histérica.

Claudia ouviu gritos e assustada abriu os olhos sonolenta, por isso não gostava desses medicamentos, vai saber o que essas enfermeiras estavam injetando em suas veias? Mexeu-se inquieta, vendo a mãe apontar o dedo para o Michael.

- Mamãe! - Chamou fazendo uma careta devido a garganta seca.

- Está sentindo alguma dor? - Perguntou Michael se aproximando dela preocupado.

E só então ela pensou que estava horrível, despenteada, com a cara inchada e com mau hálito, corou violentamente, como não pensara nisso antes de concordar que ele esperasse até ela acordar? Engoliu seco e foco nos gritos da mãe.

- Mamãe pare de gritar estamos em um hospital! - Pediu rouca, Michael olhou-a preocupado a mãe a ignorou.

- Se você não sair daqui agora eu vou chamar a polícia. - Disse a mãe empurrando-o, e se aproximando da filha. - Como você está minha filha? - Perguntou passando a mão na cabeça dela. - O que foi? Você está vermelha igual a um tomate maduro! - Disse franzindo a testa, olhando da filha para Michael. - O que está acontecendo aqui? - Perguntou irada.

- Não está acontecendo nada! - Respondeu Claudia ainda mais corada.

- Como não? Cadê a irresponsável da sua irmã? - Perguntou pegando o celular. - Eu pensando que ela estava cuidando de você, e ela te larga aqui com um completo estranho!

- Ele não é nenhum estranho mãe. - Disse sorrindo.

- Ah, não! E você o conhece a anos, não é mesmo minha filha? - Perguntou sarcástica.

Claudia fechou os olhos, imaginara que o pai já teria dito a verdade para a mãe, mas pelo visto ela estava errada, e o pai ainda não dissera a ela que contara tudo para a filha sobre o rapaz que a encontrara naquela noite tenebrosa, e a mãe seria capaz de expulsa-lo do quarto, só para manter esse "segredo" guardado.

- Ele é meu colega de trabalho mãe, e é o filho do Stivie, não creio que ele seja tão estranho assim. - Respondeu Claudia frustrada.

- Grande coisa ser filho do Stivie. - Debochou. - Até que enfim, cadê você? - Perguntou ao telefone saindo do quarto.

Deus também estava lá.Where stories live. Discover now