Capítulo XII

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Capítulo hoje vem dobrado em comemoração a posição 38º no ranking de histórias paranormais! Obrigada a cada um!

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As informações giravam em minha cabeça, como num carrossel louco.

Almas, comprar almas.

Já havia passado quase duas semanas desde que a Assembleia havia decidido e eu ainda estava em estado de choque. Era agoniante. Mas não havia muita escolha eu estava no último dia do prazo para me tornar compradora de almas que os clãs exigiam.

Não agradava papai, nem mamãe, muito menos a mim. Mas não tínhamos outra opção. Ou eu "matava" - que não era literalmente morte, ao menos não de cara - ou eu me tornaria alvo das tentativas de assassinato.

Graças ao soco de mamãe e ao destempero de Lestat, uma guerra entre os clãs estava próxima. Asmie tinha dito que o Clã dos oráculos, o dos híbridos e o das bruxas, tinham se unido conosco. Mas os demais Clãs, haviam se aliado a Lestat; e mesmo que eu entendesse quanto machucava o ego de papai se submeter às ações dos outros, eu nunca poderia carregar tantas mortes nas minhas costas.

Talvez eu não fosse má o suficiente, afinal. Mas eu sabia o quão importante eram os clãs para manter o reino unido e poderoso, qualquer coisa além disso vulnerabilizava minha família.

- Você esta bonita, querida. - Mamãe falou enquanto se aproximava sorrateiramente.

Leviatã havia escolhido minhas roupas. Era um tanto esquisito ter a ajuda de meus irmãos, mas Lucius teria dito que eles estavam preocupados com o que aconteceria com o inferno se eu acabasse me machucando. Tinha descrito com detalhes os eventos apocalípticos que se decorriam de mamãe e papai em seu ápice de fúria.

Então Levi, tinha sido detalhista e escolhido adedo cada detalhe.
Calças justas e um corpete que me entumeciam os meus seiosnum tecido preto semelhante a couro. Tinha me obrigado a calçar botas de salto alto e tinha até mesmo modelado meu cabelo, me maquiado e me ensinado runas paradisfarce dos chifres.

Tatuado na lateral do meu pescoço, o símbolo ficava encoberto por meu cabelo

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Tatuado na lateral do meu pescoço, o símbolo ficava encoberto por meu cabelo. Mamãe havia dito que eu poderia desconjurar facilmente, tinha chamado esse de covering. Entretanto, quando estava só, eu não tinha certeza me desfazer da marca.

Olhando-me no espelho, parecia matadora, mas certamente não parecia comigo mesma.

- Tem certeza de que quer fazer isso? - Perguntou e eu podia jurar que essa já era a centésima vez.

Suspirei.

- Querer não é a palavra correta, mas eu tenho que fazê-lo.

Disse sem nenhuma magoa na voz. Dessa vez, ela quem suspirou.

As Crônicas do Caos - Perdição (EM REVISÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora