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Liam Blande.

- Você me deixou muito orgulhoso hoje. - meu pai diz visivelmente emocionado.

- Só hoje? Assim eu fico ofendido. - finjo desgosto.

- Para de brincadeira. - ele diz rindo. - Eu levava umas boas por sua causa, garoto. - ele diz.

- Eu não tenho culpa, se o senhor não anda cumprindo com as necessidades da senhora Karine. - gozo rindo do meu pai.

- Me respeita garoto, que você tem meus genes. - ele diz me fazendo rir ainda mais. - Eu falei isso porque sua mãe, lamentava e me culpava pelos filhos estarem ficando velhos e não terem tomado jeito na vida. - ele completa e eu sei exactamente ao que ele se refere, vindo da senhora Karine.

- Agora, sem gracinha. - ele se recompõe. - A Kendell foi uma benção, é uma óptima moça. Respeita e cuida bem da mãe dos meus netos. - ele diz mais sério e eu concordo.

- Farei isso com maior prazer. - respondo piscando.

- Liam! Minhas felicitações! - o ministro das finanças, e um amigo de família se aproxima com a sua mulher. - Não imagina o quanto eu fiquei feliz com essa notícia. - ele diz.

- Muito obrigado! Fico contente por ter vindo. - agradeço e eles sorriem.

- E eu ia perder a oportunidade de ver esse milagre acontecer? - não deixa passar uma. - O que você tinha dito mesmo? Que não ia casar? - ele goza, fazendo os outros rirem da minha cara, mas eu mesmo rio de mim.

- Prontos, é justo. - aceito rindo.

- E onde está a Kendell? - a senhora Elizabete, questiona. E eu também gostaria de saber. A esposa é minha e desaparece com a minha irmã.

- A Jenny e a sua amiga, raptaram a minha esposa. - digo e ela ri.

Kendell Marano Parker.

- Que alívio. - suspiro após tirar os saltos que eu usava, e massageava os meus pés.

- Aqui está! - a Jenny diz voltando, puxando o carrinho do outro outro vestido.

- Desprendam o cabelo. - a Karine diz para as moças coitadas que estavam tratando o meu cabelo desde cedo, antes da Igreja.

- Vamos usar esses Kendell? - a Karine questiona, levantando um par de sandálias bem baixas, graças à Deus!

- Pode ser. - respondo, ficando direita para facilitar o trabalho das cabeleireiras, divertidíssimas por acaso.

- É outro? - a dona Rosinha, que veio ao meu casamento junto com as minhas amadas amigas do morro, entra na sala onde estavamos, com a Kelly e a Marininha.

- Outro. - digo, feliz. Porém cansada.

- Esse é tão lindo. - a Marininha diz olhando o vestido que estava com a Jenny.

- Seu cabelo está tão bonito mamy! - a Kelly diz parando do meu lado.

- Obrigada amada! - digo.

- Mas o papy, mandou dizer a tia Jenny e a vovó, que a mamy casou com ele e não com os vestidos. - ela diz nos fazendo rir.

- Diz ao seu pai, que quando ele chegou depois da noiva na igreja, ninguém fez tanto barulho como ele está fazendo agora. - a Karine diz, fazendo as outras rirem.

É minha gente, se eu parasse para contar tudo que aconteceu desde hoje cedo, até a hora do aceito, sairia um filme!

O homem é tão vaidoso, que até eu cheguei primeiro a igreja, obviamente dentro daquele carro enorme.

E ele bem tranquilo.

Eu, a Jenny, e as nossas pestinhas fomos dormir na noite anterior na mansão dos avós dos pestinhas e ele ficou lá no monstral, com os pestinhas, os amigos, o Pedro e o o Loan.

Equipe e tudo ele tinha lá. Não vou julgar, porque ele está um príncipe Thor, dos bonecos dos pestinhas. Mas só Deus sabe, em como eu já estava nervosa, por estar com essas mulheres da cidade me puxando e gritando para lá e para cá, e ainda com o chefinho atrasado.

Mas ao menos o atraso valeu alguma coisa...

Muita coisa, por acaso!

- Tá! - ela diz saindo com a Marininha, indo dar recado ao pai.

- Prontos! - as cabeleireiras terminaram, e estou chique de mara!

- Obrigada! - agradeço.

- Por nada! - elas dizem.

- Agora vamos colocar esse vestido, antes que o impaciente do meu filho, venha te buscar assim mesmo. - ela diz fazendo a dona Rosinha concordar.

O vestido é lindo, mais leve, solto, longo, mas menos pesado e as sandálias são confortáveis e menos desconfortáveis.

Antes de entrar para o salão novamente, o coreógrafo.

É minha gente, coreógrafo.

Porque assim, né...

Tem umas danças que eu não sei dançar, quanto mais montar uma coreografia para as danças, que tem que se dançar.

Eu como assisto novela, eu já sei que esses ricassos, tem coreógrafo para montar coreografia, e que não se dança só como os seus espíritos internos mandam, né.

Então né, são umas coreografias que fui obrigada a aprender, e o Liam também, embora pareça que o homem sabe fazer tudo.

Primeira dança é tango, isso justifica a racha longa nesse vestido todo delicado.

Eu nunca dancei isso na minha vida! E ainda por cima tem que dançar com todos esses ricassos me olhando.

- Atitude chérie! - ele diz com seu sotaque pesado, e praticamente me empurra quando a música começa.

E bastou as luzes mudarem, a música sexy começar a tocar, e ver o chefinho gostosão cheio de atitude, me encarando com aqueles olhos de predador, que as maluquinhas já se transformaram aqui dentro.

Faço bom uso delas uma vez na minha vida, e uso todos os passos que aprendi na marra aqui.

E com as sandálias, fica bem mais fácil. E pelos vistos o homem, aqui ficou surpreso, já que nos ensaios eu parecia mais um peixe fora de água.

- O que você acha de sairmos depois dessa dança, meu bem. - ele diz pegando mais do que o coreógrafo mandou, e mantendo o olhar sedutor mais fixo do que devia.

- Não me desconcentra, senão você vai passar vergonha. - falo e ele ri.

- Você é que está me desconcentrando, dançando dessa maneira. - ele diz enquanto encaixo perna da racha em seu quadril, para fazer aquela volta com a cabeça.

- Liam... - o repreendo, quando a pegada é mais pecaminosa do que devia.

A dança virou pecaminosa demais, e só faltava o homem, sair me arrastando para fora dali.

Mas, a música acabou, e pelo menos não caí.

Várias outras músicas tocaram e agora estamos todos dançando e curtindo tudo de bom que é esse casamento que nunca na minha vida, imaginei ter.

A Joana, só troca de companhia, para provocar o Loan, que veio com uma moça bela por acaso e simpática, e ele parece gostar dela. Ela que tome cuidado com o fora prolongado que ela está dando nele, caso contrário essa história será mais feia do que se pode imaginar.

A Sara, está outra vez conversando com aquele ricasso do leilão lembra? É...

Destino? Vai saber né...

Agora a Janaína está tranquilona conversando com as minhas pirigas, já que ela está oficialmente comprometida com gostosão do segurança da área da lavanderia.

E agora é a hora do buquê!

- Um. - balanço o buquê, isso é tão divertido! - Dois... Três! - lanço e a gritaria começa...

Meu Deus!

Seja Minha.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora