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Liam Blande.

- Eu vou entrar. - digo assim que montam a estratégia de entrada nesse galpão abandonado.

Chegamos e já está à escurecer.

- Liam, isso pode atrapalhar a entrada. - o agente diz.

- Eu disse que eu vou entrar. - digo, ele apenas cala e me passa o colete.

Kendell Marano Parker.

O que me cortou foi a coisa de ferro.

Uma de suas mãos sujas está no meu pescoço, me asfixiando, e a outra segurava meu seio, o mesmo que a boca imunda dele tocava.

Que seja o que Deus quiser!

Pego o pedaço de ferro que me cortou, e por tentar não arrastar pelo chão e fazer barulho, para fazer com que ele não visse, acabo me cortando mais na palma da mão.

Vou com tudo!

Nem sei exactamente aonde o acertei, apenas sei que fui com toda a força que tinha para cima dele.

Ele rugi e cai de dor ao meu lado.

- Sua vadia! - ele balbuceia entre gemidos, me levanto com as minhas dores dos infernos, meu pé agora descalço pisou algo gelado cujo eu sei bem o que é.

Deus, se esse é o sinal que sua filha pediu, ela está pronta.

Sem exitar pego no negócio.

Corro em direcção a porta de ferro, e para a minha sorte não estava trancada.

- VOLTA AQUI! - o imbecil grita ao mesmo tempo em que eu abro a porta.

- Caralho... - balbuceio sentindo uma dor tremenda na minha cabeça.

- Para aí! - ouço a voz de um capanga do outro lado do corredor.

Eu nem penso duas vezes e saio correndo que nem uma maluca pelo corredor, ouço passos, berros, e tiros e eu parecia uma galinha tonta, correndo para tudo que é lado, pedindo a Deus para não me acertarem ou me apanharem.

Eu nem olhava para os lados, eu só corria.

- Para aí! - me assusto assim que entro... na saída!?

O capanga diz exibindo sua arma na minha direcção, me assustando.

Não sei que espírito me possuiu, porque não pensei nem duas vezes para pisar no gatilho, uma, duas, três vezes com meus olhos fechados.

Eu nem sabia para onde atirava, minhas mãos estão trêmulas.

Abro um olho, abro o outro e vejo o idiota se contorcendo no chão. Seu braço e sua perna estavam sangrando.

Eu sou boa, acerto até de olhos fechados.

Kendell!

- Para aí, se não eu atiro. - grito apontando a arma para ele e vou em passinhos para a porta.

Ele ameaça pegar a arma e eu atiro outra vez, obviamente não acerto, sempre que apertava o gatilho fechava os olhos, mas foi o suficiente para ele olhar para mim se desconcentrando.

Ouço passos próximos, e nem penso duas vezes antes de abrir a porta também destrancada.

Subestimam uma gaja.

Ouço tiros atrás de mim, nem olho e saio às pressas, sentindo uma ventania imensa bater no meu corpo.

Estou com roupa interior!

Seja Minha.Where stories live. Discover now