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Liam Blande.

Não há nenhum segurança, nem sequer o porteiro está na casa do imbecil.

Isso suficiente para confirmar as minhas suspeitas.

O portão de entrada de carros está fechado, então saio do carro e vou até ao portão de entrada solitária que estava apenas fechada por um trinco.

Recarrego a minha arma, e uso o meu porte para arrombar a porta.

- Kendell! - esbravejo na expectativa de que ela me responda de volta.

A necessidade que eu tenho de ouvir a sua voz é insana.

Entro e não vejo nada fora do lugar pela sala, e espero que aquele desgraçado não tenha levado ela para fora daqui.

Mediante a minha procura, seus lindos olhos encharcados e assustados se encontraram com os meus, o desgraçado está segurando a minha Kendell como uma refém, ameaçando cravar uma siringa no seu pescoço.

E por incrível que pareça, a minha raiva por ele, perde-se, pela atenção insana que eu prestava no estado da Kendell.

Que porras ele fez com ela? Que porra de vestido e cabelos são esses?

Porquê a cara dela está maquiada desse jeito?

Seus olhos clamam por socorro e ela aparentava estar completamente imóvel.

- Que porra você fez com ela? - questiono com a arma já apontada na direcção do psicopata.

Eu sempre soube que esse cara não batia bem da cabeça.

Sempre!

Só para relembrar, sempre.

- Ela está paralisada com a anestesia de cavalo que, está bem aqui. - ele responde olhando para a siringa com uma admiração de loucos.

Ele injetou algo feito para um animal de grande porte, em uma pessoa?

Na minha mulher?

O caso da cabeça desse psicopata é mais grave do que eu esperava.

- Fique aonde você está. - seu humor muda assim que eu avanço, fazendo-o ameaçar injetar o líquido nela.

Sem sequer pensar duas vezes, atiro para o seu ombro para soltar a merda da siringa, queria tanto poder explodir com a cabeça desse canalha.

Pela dor ele solta a Kendell que cai dura no chão.

Kendell Marano Parker.

É o meu senhor Leão!

Ele atirou no psicopata do Gregory, e no momento ele me deixou cair que nem pedra no chão.

Não sei se foi pelo baque com o chão ou pela coisa que esse louco andou me injetando, mas sinto o meu ventre contrair imenso.

- Meu amor. - o Liam se aproxima de mim, acariando meu rosto e afastando alguns fios de cabelo. - Que desgraça foi essa que ele fez na sua cara? - ele questiona e ai meu Deus, se eu pudesse rir, ria.

Porque sério! A minha cara está uma lástima de circo.

- O que está doendo? - ele questiona de certeza vendo algum músculo tensionado no meu rosto pela dor que eu estava sentido. - Vamos, eu vou tirar você daqui... - ele diz vindo me segurar no colo, mas antes que o fizesse, o vejo segurar um gemido gututal.

O psicopata enfiou a agulha da siringa no braço enorme do chefinho sem qualquer dó. Mas tudo é tão rápido. O Liam pega a arma dele e o acerta na nuca, fazendo o mesmo cair apagado.

Ele tira toda a extensão da agulha de seu braço, como se não doesse nadinha e volta a sua atenção para mim.

Minhas lágrimas se encontram em um misto de medo por ele ter se machucado, pela dor insuportável no meu ventre, ou por nem sequer conseguir gritar.

- Não chore mais meu bem. - ele diz limpando as minhas lágrimas, me colocando em seus braços fortes outra vez.

Sinto algo quente saindo de dentro de mim e escorrendo pelas minhas pernas imóveis.

A dor é tão insuportável, que está deixando a minha visão embaçada outra vez, e a voz do Liam começa a ficar distante.

Uma agitação se forma na minha visão pouco nítida, várias pessoas entram e falam e é tudo que percebo antes da minha visão ficar totalmente escura.

.

Desperto, após um pesadelo com o psicopata do Gregory.

Respiro fundo, por saber que era apenas um pesadelo dessa vez e que ainda estava viva, e em um quarto de hospital que eu já conheço muito bem.

Pareceque virou rotina, até!

Sinto meu corpo, dolorido, mas o sinto. Tal como sinto um incômodo no meu ventre.

Consigo me mexer, e consigo ver que estou recebendo soro e com bata de hospital.

Gente, eu não morri!

Aquilo foi digno de um filme de terror, o idiota do Chris era psicopata, mas eu já sabia, mas o Gregory, ninguém olhando para ele imaginaria que ele é lelé da cachola.

A porta é aberta, apresentando uma infermeira.

- Senhorita, que bom que já acordou. - ela diz vindo até mim. - Vou avisar o médico. - ela conclui.

- Água. Peço água. - testo minha voz e felizmente consigo falar, minha garganta está seca, e minha voz ainda está fraca, mas consigo falar.

- Tudo bem. Trarei. - ela assente, se retirando.

Segundos depois, a pessoa que eu mais desejava ver, entra no quarto, junto com o Loan e a Karine.

- Meu amor. - ele diz vindo até mim.

Gostaram?

Porque eu estou amando a forma que ele me chama e os apelidos carinhosos e as vezes "outros brutos", que ele me dá.

Seu par de olhos azuis, não deixam o ar predador que tem, mas há um misto de ternura e preocupação neles.

- Minha querida, como você está? - a Karine questiona, voltando a minha atenção para ela e eu esboço um sorriso, para confirmar que estou bem à eles.

Logo em seguida, a infermeira entra junto com o médico, dessa vez é gato, mas um gato de certa idade.

Um gato velho, prontos falei.

A infermeira, me ajuda a sentar na cama, e depois me passa o copo de água.

- Kendell, como está se sentindo? - o velho médico gato e velho, questiona.

- Dolorida, e o meu ventre, aqui. - digo colocando a minha mão por cima de onde eu acho que é o meu ventre. - está me causando desconforto. - respondo com a voz ainda fraca, mas já bem acordada.

- Ela estava tendo algum tipo de hemorragia quando chegamos aqui, à que se deveu? - o Liam questiona, me fazendo recordar que o que estava vertendo era algo semelhante a sangue.

E o médico faz uma leve careta, olhando para os papéis em suas mãos.

E depois voltou a sua atenção para nós.

- Bem... - ele diz retirando os óculos de sua cara. - a boa notícia é que felizmente conseguimos fazer a lavagem da substância no seu corpo à tempo e não deixou qualquer dano em seu corpo. - ele explica. - Foi muita sorte, pois a dosagem injetada daquele medicamento no corpo humano seria fatal. - ele conclui e minha espinha estremece.

Ele disse "a boa notícia". Tem alguma má notícia.

- Qual é a má notícia? - eu questiono e seu olhar é de pena.

Porquê ele está me olhando com pena.

- Devido ao alto nível de emoções pelas quais passou, e pela presença do medicamento tóxico no seu organismo. - ele suspira. - A senhorita perdeu os bebês. - ele diz e parece que levei uma chapada daquelas duplas no rosto.

Quais bebês!?

Seja Minha.Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz