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Kendell Marano Parker.

Tento recuperar a minha consciência que devia ser de uma pessoa adulta, e vou cuidar das minhas pestes.

Os apanho na sala de estar.

Chique o que eu disse né? É que nesse monstro aqui têm tanto de sala que se você não especifica que sala é, você fica trololó da cabeça.

Mas aí, os encontrei discutindo sobre algo então parei para ouvir. Amo discussão desses três.

- Nem pensar que vocês vão assistir os vossos filmes de guerra, vão jogar os vossos jogos e, eu não poderei colocar os meus filmes. - a peste maior diz nervosa com os bracinhos cruzados no peito com cara de birrenta.

Morri!

- Mas os seus filmes não têm nada de engraçado, e nós não queremos ver essas coisas de criança. - o Hugo diz e a Kelly faz uma careta que dá até medo.

Estou me segurando para não explodir na risada.

- Vocês também são crianças sabem? - ela diz desfazendo os braços e colocando um na cintura e outro apontando o dedo para os dois.

- Então, não queremos assistir coisa de meninas. E se quiser pode ir dizer ao papai e você há-de ver que ele vai concordar connosco. - o Heitor diz.

- É!  - o Hugo concorda e os dois riem.

Coitada da minha peste, dois contra um não vale né gente!

- Relaxa aí minha filha que agora vai ser dois contra dois. - digo entrando na briguinha deles e ela tira a língua para os irmãos.

Essa pestinha me leva.

- Primeiro, da outra vez que fizemos maratona de filmes assistimos os filmes que os gostosos queriam. - digo - agora vamos fazer assim, a Kelly escolhe dois filmes, e vocês um. - digo para acabar com a discussão.

- Tudo bem! - os gostosos dizem enbirrados.

- Isso. - digo - depois vão preparando a lista das coisas que vocês querem fazer depois me procurem na cozinha. - digo.

- Ok! - eles dizem animados  e eu vou para a cozinha.

- Aconteceu? - questionam assim que eu entro na cozinha me fazendo lembrar da pegada do chefinho em mim.

Me sento na cadeira giratória da bancada.

- Fala logo Kendell! - elas insistem.

Deixo as minhas batatas já descascadas em cima da bancada, para a Sara levar.

- Aconteceu, que rolou uma pegada gostosa e um chupão gostoso também. - eu digo e não é que os meus tímpanos pediram reforma adiantada?!

- Sério? - a Joana questiona e eu viro meu pescoço para ela.

- Isso, não apareceu por acaso. - digo e elas coram soltando aqueles gritinhos básicos.

- E aí? A pegada dele é como eu sempre imaginei que fosse? - a Janaína questiona toda caidinha.

- Garanto que passa! - digo e ela cora.

- ... - Ficaram falando as coisas delas e eu batendo minha cabeça para parar de me arrepiar toda cada vez que eu lembrava da presença do chefinho em mim.

- Pronto! - digo alto para elas pararem. - Acabou, não acontece mais e ponto, foi gostoso?.. foi, amei?... amei, mas não acontece mais! - Ok, não acredito nem um terço do que eu acabei de falar.

- Você não foi nem um pouco credível se quer saber! - a Joana diz.

- Que se foda. - digo - O que interessa aqui é que eu tenho que manter a boca e as pernas fechadas caso eu queira ter um teto e comida. - digo.

Seja Minha.Where stories live. Discover now