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Kendell Marano Parker.

Cá estou eu, esfomeada e imunda andando pelas estradas lindas e luxuosas dessa cidade.

Isso daqui é top de verdade!

Mas continuando ao meu drama básico...

Estou a uma semana sem ingerir absolutamente nada, emprego que é bom, ninguém me aceita.

Parece que na cidade, para ter emprego é preciso ser da cidade ou ter um currículo.

Morando na rua, ao relento, sem abrigo, e esfomeada, que já tentou ser estuprada uma vez nessas ruas, cá estou eu.

Mas bem!

Estou andando pelas ruas, queimando com sol.

Nem sequer tenho ideia de onde estou, mas sei que agora vou subir a ponte que está à uns 5 metros de mim.

Assim que chego lá perto da ponte, avisto um riacho embaixo dela.

Bem, eu terei que me submeter a isso, afinal de contas, estou me sentindo imunda e um banho nunca fez mal a ninguém né.

Assim que virei para ir em direcção ao tal riacho, sou estapeada na cara por um estúpido de um jornal batendo na minha cara.

Até o vento dessa cidade me rejeita!

Mas bem na altura em que eu ia pegar e lançar a porra do jornal para o local que ele veio, me deu a sensação de ter visto algo que me interessasse.

Sabe aquela sensação de você olhar para alguma coisa, e ignorar por achar banal, mas voltar a olhar porque teve a sensação de que viu algo do seu interesse?

Sim!

Então é a porra, que aconteceu comigo.

Olhei para o jornal, e meu coração falhou umas 3 batidas seguidas.

Uma folha inteira do jornal estava anunciando que a Mansão de um tal de Liam Blande, estava com uma vaga de babá de seus filhos.

Então me digam galera, isso é sorte do capeta ou o quê?

Mano, não estou acreditando!

Bem, para ir preciso tomar um banho, afinal ao menos tinha que ir decente né?

Nem que seja para ser rejeitada outra vez, né...

Corri para a zona mais recôndita do riacho, não que fosse necessário, afinal não passa absolutamente ninguém por aqui.

Me despi e guardei a roupa na minha mochila, retirei um sabonetinho básico, minha escova de dentes e a pasta de dentes.

Me lancei no riacho e waoh, que sensação óptima, banho, banho, banho!

Fiquei ali, aproveitando aquela água boa por um bom tempo. Só saí a muito contragosto.

Retirei uma das poucas mudas limpas de roupa que tinha na mochila, e me vesti com uma calça justa jeans, azul escura, uma blusa de alsas de cor branca, e uma camisa de mangas compridas Xadrez, vermelha e branca, afinal de contas a minha pessoa nem creme possuía, então tinha que arranjar uma forma de parecer uma pessoa "abrigada".

Usei as sapatilhas que vinha mesmo, serviam para o gasto.

Arrumei direito minha mochila, coloquei nas costas, penteei o cabelo molhado com os dedos das mãos, já que a minha pobre pessoa nem pente possuí.

Peguei o jornal, e fui lendo as indicações do jornal.

E por muito surpreendente que seja, agora as pessoas já respondiam as minhas perguntas de localização.

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