88

6.3K 495 77
                                    

Kendell Marano Parker.

- O meu celular! - exclamo me recordando dele.

Que aquele homem não tenha partido como o idiota do Chris, não tenho dinheiro e aquela geringonça foi cara.

Oh, eu nem sequer sei se ainda tenho emprego, já que o fiz o filho do dono da empresa ir preso.

- Você encontrou o meu celular? - o questiono e ele me olha incrédulo e em seguida ri do meu desespero.

Eles não entendem.

- Óbvio que não Kendell, nem sequer pensei em procurar. - responde e eu fico aflita.

Diferente dele, eu conto as moedas para comprar alguma coisa, ele não entende.

- Você não pensa em mim. - reclamo e ele ri.

- Foi justamente por pensar em você que eu não me importei com celular algum. - responde rindo. - Mas provavelmente os policiais encontrarão nas buscas.

Fico bem mais aliviada.

É daí que me recordo que no mesmo dia que o doente do Gregory me sequestrou, ele voltaria de viagem de madrugada.

Provavelmente não dormiu.

- Você não deve ter descansado nada. - digo e ele parece se recordar que não descansou nada, mas logo refuta a ideia.

- Eu estou bem. - ele diz, após refutar com a cabeça.

- E as crianças? - questiono.

- Eles estão bem, estão com a Otília. - ele diz e eu assinto.

Logo em seguida, batem na porta e sem esperar muito pela resposta, entram uns policiais, não parecem aqueles nossos policiais, mas são.

Percebem?

É amigo do Liam, pelo que vi das outras vezes.

- Estimo às suas rápidas melhoras, senhorita. - ele diz, após o aperto de mão que deu no Liam.

- Obrigada. - agradeço, vendo-o se sentar na poltrona ao lado do Liam.

- Agora preciso que me conte como tudo aconteceu. - ele diz, mexendo nas geringonças dele e depois me encara, esperando eu falar.

- Eu perdi à hora trabalhando. - começo, e o Liam também prestava atenção. - Quando saí do meu escritório já não havia quase ninguém, para além dos seguranças na empresa. - conto. - Quando eu fui pegar o elevador, o Gregory me puxou, e injetou uma siringa no meu pescoço... - continuo contando até quando o Senhor Leão chegou.

- Mas porquê você acha que ele fez isso, com você, algum tipo de obsessão, algum acerto de contas? - ele questiona.

Eu estou com tanta fome!

- Como eu disse, antes eu pensava que era por ele ter apenas interesse em mim. - eu consigo sentir os músculos do chefinho tensos daqui. - Mas, quando estive lá, vi que era por eu ser muito parecida com a esposa que ele matou. Ele dizia que eu era ela, e que eu teria de me comportar, porque ele não queria me matar novamente. - sentiram o arrepio daí?

Só de lembrar fico arrepiada ao extremo.

- É o suficiente, muito obrigada. - ele afirma e depois de uma troca de palavras se despede e sai.

Não demora muito até o Loan, o casal fofo, os avós dos pestinhas entrarem no quarto.

E cara, é muito estranha a dor de saber que eu perdi três vidas que eu nem sequer sabia que estavam dentro de mim, e ao menos eles estão sendo muito moderados em não comentar sobre isso.

Seja Minha.Where stories live. Discover now