Seja Minha.

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Kendell Marano Parker.

As luzes da sala se apagaram, o palco se iluminou, e as curtinas abriram.

O chefinho encerrou a chamada no mesmo instante.

Uma música que eu já escutei, o Hugo tocar no piano, lá no monstral do chefinho, começa a tocar.

E eu observo tudo deslumbrada, todas as menininhas estavam tão bonitas, o cenário também.

A coreografia era tão bonita.

Pena que eu não sou das artes e não entendi o que elas estavam a encenar com aquela dança.

Por algum motivo viro para olhar o chefinho, e o sorriso e o brilho nos seus olhos fixados no palco, enche qualquer um de emoção também.

Volto a minha atenção para a minha cria de rico.

Eu pensei que seria apenas uma música, uma dança, mas elas dançaram por mais tempo do que eu esperava. Sinto pena dos dedos dessas crianças.

E finalmente acabou. As meninas saíram do palco depois de saudar.

As luzes voltaram a acender, e os pais já começavam a se retirar.

O chefinho voltou a sua atenção para o celular.

Vejo os pestinhas conversando e faço sinal para sairmos.

Saímos todos, o chefinho fazendo alguma coisa no celular dele e eu escutando os meus gostosos tagarelar.

Vamos em direcção a sala aonde a Kelly está, e com a agitação ao rubro.

- Kelly! - a chamo não à vendo.

- Estou aqui. - ouço a voz dela, aonde as meninas saiam agitadas com as malinhas.

Nem precisei entrar, ela já vinha, trocou aquela sainha ou sei lá e colocou umas leggins, e já estava com os seus sapatinhos.

- Cheguei! - ela diz fazendo estilo e o chefinho a carrega.

- Olha a minha bailarina! - ele diz dando beijos nela.

Saímos falando com a bailarina e os jogadores.

Já na saída, encontramos a moça que acha que eu sou mãe da Kelly, se despedindo de alguns pais.

- A vossa mãe é muito graciosa. - a moça diz falando com as crianças e hamn?

Graciosa, hoje me fizeram elogio de gente rica gente! Estou me sentindo.

Os pestinhas me encaram de soslaio e agora um pouco encolhidos.

Sem saber, se devo responder o que devo, apenas assinto dando um sorriso forçado.

- Foi um prazer. - ela despede, e assentimos saindo.

Evito questionar o que eu quero questionar, porque as pestinhas agora pareciam desconfortáveis.

Entramos no carro, e o chefinho deu partida.

- Querem lanchar fora? - o chefinho quebra o silêncio, falando com os gostosos.

- Não, obrigada. - os ouço murmurar.

Essas crianças jamais negariam sair!

- Er... Kendell? - ouço a voz da Kelly.

- Kelly. - a respondo.

- Você não está chateada connosco, não é? - ela questiona e sinto o olhar do chefinho sob mim.

Mas não o encaro.