7 - Irmãos

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- Pegou a lista de compras?  - perguntei.

Meu pai havia deixado uma lista de compras e dinheiro para a gente fazer a compra do mês, eu nunca fiz compras do mês sem minha mãe, tenho a impressão que isso vai dar errado.

- Você fica com a lista de compras e eu com o dinheiro! - ele falou simples.

- Eu sou a mais velha! Devia ficar com o dinheiro! - falei cruzando os braços em sinal de protesto.

- Mais velha não quer dizer mais responsável! - eu abri a boca em indignação, mas acabei pegando a lista.

- Estou ofendida, sinta profundamente toda minha ofen...sidade? - essa palavra existe?

- Que? - ignorei sua pergunta e saí de casa, ele veio atrás.

Fomos andando até o mercado, eu andava agarrada ao braço do meu irmão, ele não gostava tanto de carinho e eu também não, mas queria ser carinhosa com meu irmão a gente ficou anos separados e sinto que eu precisava dele perto de mim em todos esses anos.

Chegamos no mercado e pegamos um carrinho para colocar as compras.

- Sabe uma coisa que eu não entendo? - puxei assunto - Pega o azeite! - falei olhando a lista.

- O que você não entende? - ele falou colocando a azeite no carrinho.

- Esse negócio de san, chan, kun, sama... - comecei a riscar as coisas na lista que ele colocava no carrinho.

- Sama é mais sério? - ele parecia pensar - San mais popular e mais formal, para gente que não conhece, kun para pessoas da mesma idade que você? chan é mais carinhoso e para pessoas mais próximas... senpai é para pessoas mais velhas que nós... - ele parecia explicar de um jeito mais confuso do que eu estava.

- Vou fingir que entendi... o macarrão! - falei assim que chagamos no corredor - Ei aquele loiro alto é seu amigo né?

- Amigo? Só joga comigo! - ele falou mal humorado.

- Qual é o nome dele mesmo? - perguntei observando o loiro de longe que ainda não tinha nos visto.

- Por que o interesse? - ele me olhou desconfiado e eu dei um sorrisinho confusa - Ele namora...

- Eu não falei nada! Que tipo de pessoa você acha que eu sou? Não sou pegadora ou algo assim... - falei tentando passar credibilidade, mas vi que eu falhei quando ele me deu um olhar de tédio desacreditado.

- Sei... - meu irmão falou desconfiado, o loiro nessa hora passou do nosso lado.

- Oi! - falei e ele me olhou de modo "por que está falando comigo?"

- E aí! Oi rei! - fiquei confusa com o apelido que meu irmão recebeu.

- Tsk! - meu irmão virou a cara e eu fiquei sem entender, enquanto o loiro tinha um sorriso irônico.

- Já deu a minha hora, até! - ele falou despreocupado e saiu.

- Até... - eu respondi confusa - Por que rei?

- Nada! - ergui minha sobrancelha mostrando que eu não acreditei - Próximo item da lista?

- Devia confiar em mim... - falei um pouco recentida, mas logo me "recuperei" - Leite! - sorri.

Seguimos fazendo as compras e fomos de táxi para casa por conta da quantidade de coisas que compramos, não conseguiriamos carregar.

Quando chegamos eu fui direto para meu quarto, pode ser besteira minha, mas eu tenho a impressão que não sei nada do meu pai e nem do meu irmão, entrei em uma família que parece não ser minha... mas eu sou durona, sobrevivo!

Segundos (Oikawa x Reader)Where stories live. Discover now