50 - Frustrações

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- Não gostei desse sabor! - fiz careta - Isso é do que?

- Atum! - Suga falou e eu fiz cara de negação - Não é tão ruim.

Estávamos na padaria novamente e ele me fez provar uns salgados estranhos.

- É horrível! - continuei com minha careta de reprovação.

- Come esse aqui! - ele me entregou outro salgado que parecia suspeito.

- Tenho a impressão de que não irei gostar... - girei o salgado na minha mão o analisando - Vamos lá... - mordi e era uma massa salgada com chocolate dentro, era até bom - Esse me surpreendeu.

- Eu também gosto! - ele falou e eu levei o salgado até a boca dele para ele morder - Muito bom. - ele disse de boca cheia.

- O "muito" é exagero, mas é bom! - dei de ombros.

- Tio! Eu quero aquele de muito queijo! - ouvi uma voz de criança que eu conhecia muito bem, olhei em direção a voz e vi o Oikawa me encarando fixamente, provavelmente tendo um entendimento errado da situação - Tio! Está me escutando?

- S/N-chan? - Ouvi o Suga bem baixinho, porque toda minha atenção estava direcionada para o Toru.

- Vamos para outro lugar Takeru-chan... - Oikawa falou com um olhar triste direcionado para mim, o mesmo puxou o sobrinho e se direcionou para a saída, eu me levantei por impulso, mas não os segui.

- Merda...

- Está tudo bem? - Suga segurou meu braço em sinal de apoio.

- Na verdade, não... - falei, mas sorri tristemente por fim.

- Vocês não estão mais namorando? - ele perguntou e eu voltei a sentar ao lado dele.

- Não... - falei com pesar.

- Não? - senti o peso do seu olhar sobre mim e eu neguei novamente - Ah... - ele disse desviando o olhar de mim.

Eu fiquei sem reação por um tempo, apenas pensando no que havia acabado de acontecer.

- S/N-chan? - dei atenção ao Suga - Terminaram mal?

- Foi difícil, não queria... é - coloquei uma mecha do meu cabelo atrás da orelha - Esquece!

- As férias do meio do ano estão chegando... - ele comentou, parecia que ele vasculhou na sua mente qualquer pauta para mudar o clima pesado.

- E eu estou super agradecida por esse fato... - fui sincera - Acho que já vou indo... - me levantei.

- Já!? - assenti. - Então eu também vou! - ele se levantou comigo.

Pagamos nossa pequena conta e seguimos cada um para seu caminho.

Assim que cheguei em casa dei de cara com meu pai e meu irmão, em uma conversa muito... de pai e filho, dei um pequeno sorriso e ouvi meu celular tocando freneticamente, os dois olharam para mim.

Analisei o número e vi que estava sinalizado como "desconhecido".

Ligação on ~

- Alô?

- Olá, esse é o número da S/N Kageyama? - escutei uma voz masculina, provavelmente de um adulto.

- Sim, pois não? - me sentei no sofá na frente do meu pai e meu irmão.

- Sou Saito Ryo, coordenador da comissão olimpíaca japonesa de ginástica artística - sem que fosse minha intenção eu comecei a tremer - Kageyama-sama, você é uma atleta que atraiu nossa atenção, sei que está encima da hora, mas uma de nossas atletas sofreu uma lesão, não conhecemos ninguém mais capacitada que você para participar das eliminatórias para as olimpíadas do Brasil... - meus olhos começaram a marejar.

Segundos (Oikawa x Reader)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora