61 - Quer que eu te beije?

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Ao entrar em casa eu notei que tudo continuava do mesmo jeito que eu tinha visto pela última vez, fiquei aliviada quanto a isso.

Eu estava apreensiva de que algo havia mudado, principalmente pelas feições preocupadas do meu pai e do meu irmão durante todo o caminho do aeroporto para casa, não fiz questionamentos, mas os observei atentamente.

Descobri que eu tinha comemorado cedo demais quando senti o cheiro de temperos, alguém estava cozinhando, no entanto todas as pessoas que moravam nessa casa tinham acabado de entrar na sala.

- A menos que tenhamos elfos domésticos, suponho que tenha mais alguém aqui e devo acrescentar que essa pessoa provavelmente é o motivo de vocês estarem com essas caras de quem tem prisão de ventre! - falei para os dois homens.

- É temporário! - meu pai deixou essa parte clara antes de explicar o que era "temporário", só ergui a sobrancelha em dúvida - Kiomi-chan e a irmã dela estão aqui, a casa delas está em reforma e...

- QUE!? - segurei minha mala que meu pai havia deixado no chão - Vou voltar para o Brasil!

- Filha, eu sei das suas desavenças com ambas, mas é temporário... e vocês têm que aprender a conviver... - meu pai parecia desesperado para me fazer aceitar a presença das duas.

Eu tinha mil e um motivos para não aceitar, principalmente a Sayuri, mas a casa não era inteiramente minha, e eu sabia que em breve meu pai assumiria um relacionamento mais sério com a senhora professora.

- Ninguém entrou no meu quarto, né? - respirei me dando por rendida.

- Ninguém! - meu pai afirmou de imediato.

- Vou subir... - falei entediada, ter que dividir a casa com a Sayuri seria horrível.

Fui para meu quarto, felizmente ele estava intocado.

Não tinha avisado aos meus amigos que eu tinha voltado, quando eu terminasse de me organizar talvez eu falasse para o Koji e a Rin.

Tomei banho e fiquei horas sem sair do meu quarto, troquei mensagens com o Pedro, mas nada muito relevante, informei que eu tinha feito uma boa viagem e que agora eu iria ser a Cinderela 2.0, já que minha "madrasta" e a irmã dela iriam ficar aqui "temporariamente".

Só as batidas na porta tiraram minha atenção do celular.

- Entra! - falei enquanto olhava a porta.

- Você tem visita... - meu irmão falou e eu franzi o cenho - E o pai quer que você desça para comer alguma coisa.

- Ela está na sala? - não precisei mencionar o nome.

- Está...

- Dane-se, eu moro aqui e ela não! - me levantei. - E quem é minha visita?

- Não conheço, mas acho que estuda com você.

Concordei e desci, no sofa a Sayuri estava sentada, ignorei ela por completo enquanto me dirigia para a porta, o Tobio disse que a pessoa não quis entrar. Ao abrir me deparei com uma pessoa inesperada.

- Aikinha? Estava morrendo de saudades, né? - não deixei ela responder e abracei ela sem consentimento, só para irrita-la.

A mesma retirou meus braços do seu entorno.

- Certo, eu iria mandar mensagem para o Oikawa, uma mensagem bem intuitiva para ele vim aqui - falei e percebi a atenção da Sayuri em nós -, mas já que você veio me visitar primeiro, eu posso fazer as coisas que eu planejava com ele com você... - falei fitando ela e observando-a ficar vermelha.

Segundos (Oikawa x Reader)Where stories live. Discover now