80 - 1 milhão de vezes

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Sayuri on ~

Eu não estava entendendo palavra alguma que estavam sendo faladas nesse aeroporto, estava assustada com a multidão falante, eu disse desde o principio que devíamos termos avisado a alguém da nossa chegada ao Brasil.

- Como conseguiremos pegar um táxi? - minha irmã perguntou, ela estava agarrada a sua mala - Como iremos fazer a reserva em um hotel? - ela olhou diretamente para o Kageyama-san, seu marido.

- Usaremos a internet. Estamos no século 21, não deve ser tão complicado usar o google tradutor. - ele disse e deu um sorriso confiante para minha irmã. - E eu sei algumas poucas palavras em português.

Já faz três anos que estão casados, eu vivo com eles desde então, apenas nós três já que a S/N e o Tobio se distanciaram para treinarem, Tobio ainda aparecia com mais frequência em casa, ja que jogava no Japão, mas a S/N não.

Eu fazia faculdade de arquitetura, me apaixonei pelo curso, estava até fazendo um estágio, na qual eu participava de um projeto para a arquitetura de um restaurante, Beka's Restaurantes.

Enfim, estou tão empolgada por finalmente fazer uma viagem internacional, ainda mais para ver as olimpíadas, onde haviam meus amigos competindo, isso é incrível!

Por fim conseguimos chegar em um hotel mediano que havíamos feito reserva, mas tivemos ajuda do Pedro que foi gentilmente nos prestar socorro.

- Obrigado Pedro-san! - Kageyama falou assim que entramos no pequeno apartamento.

- Por nada, me ajudou quando eu estava no Japão é o mínimo que eu deveria fazer... - ele sorriu, seu sorriso com as covinhas características.

- Entre, por favor! - minha irmã pediu e o garoto fez, ele estava bonito, parecia mais forte e mais maduro.

- Obrigada senhorita... professora? - ele disse meio incerto e eu ri.

- Por nada - Kiomi também riu -, como você está aqui no Brasil?

- Estou bem... terminando a faculdade e trabalhando - ele passou as mãos pelos cachinhos.

- Educação física, né? - perguntei e ele concordou - É a sua cara!

- Concordo, eu trabalho em um time de futebol, gosto muito do que faço. - ele parecia feliz, realmente feliz, Pedro sempre teve um olhar meio triste apesar de nunca demonstrar, ele se parece muito com a S/N.

- Vê minha filha com frequência?

- Não, S/N sempre está treinando e eu sempre estudando ou trabalhando, mas a gente conversa sempre que conseguimos uma brecha.

- Entendi, a vida adulta é cansativa. - eu e Pedro concordamos com sua fala - Bom, o que acha de assistir a competição da S/N amanhã conosco?

- Já tenho ingresso comprado! - Pedro disse e eu sorri para ele.

S/N on ~

Pela santa misericórdia, eu estou exausta, sério, ser atleta envolve muita disciplina e esforço, sinceramente eu estou chegando ao meu limite, meus últimos 5 anos foram dedicados fielmente para a ginástica.

Novamente o centro olímpico estava cheio, deixei o cansaço mental de lado e estava em concentração máxima, as competições hoje eram de solo e barras paralelas, eu tenho a porra de minis barras paralelas tatuada no meu punho que um dia se quebrou enquanto eu estava me apresentando nela. Então não tinha jeito, o ouro era meu, sem questionamento, era minha melhor amiga.

O solo sempre foi minha especialidade, eu também não tinha o direito de errar comigo mesmo, não que eu estivesse nervosa, mas era um sonho sendo realizado, eu disse que competiria em uma olimpíada, que seria pelo Brasil, e então aconteceu e está acabando.

Segundos (Oikawa x Reader)Where stories live. Discover now