81 - Campeões

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Os jogos olímpicos terminaram, eu fui consagrada como a maior ganhadora de medalhas da edição, duas de prata e duas de ouro, sim, ganhei ouro no solo também.

Pasmem que agora eu estou em um programa de TV dando entrevista, eu estava belíssima, modéstia parte, não tão modesta assim, confesso.

- Estamos ao vivo com S/N Kageyama, nossa campeã olímpica e recordista de pontos em uma olimpíada, se consagrando como melhor atleta em barras assimétricas do mundo. - a apresentadora falou e a câmera foi apontanda para mim. Sorri maravilhosamente - Como foi essa experiência das olimpíadas para você, S/N?

- Olá gente! - acenei - A experiência das olimpíadas foi uma loucura, nunca me arrisquei em algo tão cansativo e que me fizesse ter tanta disciplina e dedicação, mas não me arrependo, me sinto realizada.

- Fez história nas olimpíadas, os brasileiros estão orgulhosos de você, além do mundo inteiro estar desacreditado perante sua performance surpreendente - sorri para ela, continue aumentando meu ego... - Fez passos arriscados nas barras paralelas, sempre foi sua especialidade?

- Não mesmo - ri com as lembranças -, eu não tinha muita afinidade com as barras, minha especialidade sempre foi o solo, mas quando eu quebrei um punho durante uma apresentação com as barras paralelas, eu me dediquei em ser a melhor na modalidade, tenho até uma tatuagem - mostrei meu punho e a câmera focou nele.

- É uma bela história - ela sorriu para mim -, diga para nós, qual será o próximo passo?

- Vou me casar - falei sorrindo e me lembrando do pedido inusitado -, e me aposentar da ginástica.

- Se aposentar? - ela perguntou alarmada e sem acreditar - Mas você tem um futuro promissor na ginástica.

- Pois é, não costumo fazer o que as pessoas esperam, terei um futuro promissor longe da ginástica também! - garanti - Quem sabe eu não volto quando baterem meu recorde? - sorri para a câmera e apontei para as quatro medalhas que estavam no meu pescoço.

[...]

- Aqui era minha casa... - falei ao Tooru.

Depois da entrevista que fez novamente meu Instagram bombardear com novos seguidores, eu decidi levar meu noivo para conhecer parte da minha história, antes de voltarmos ao Japão.

- Parece aconchegante. - ele analisou a estrutura.

- Não minta para mim! - disse sorrindo e vendo a casa abandonada, não havia moradores nela desde que o antigo proprietário morreu, aquele velho escroto, que o inferno o carregue - Mas antes era aconchegante.

- Poderia voltar a ser... - ele disse e eu franzi a testa para sua sugestão, fiquei surpresa quando Oikawa retirou do seu bolso uma chave com um pingente de sol.

- O que é isso? Eu sei que é uma chave, mas... - meu coração disparava.

- É a chave da sua casa - ele apontou para a casa na nossa frente, olhei para a casa e depois para ele -, não reformei nada por que eu queria fazer isso com você e...

- Você comprou a casa? - cortei sua fala, sentia meus olhos embaçarem por lágrimas.

- Sim... fiz mal? - ele me olhou preocupada e eu o abracei.

- Porra, seu bakawaka! - disse em lágrimas - Eu te amo tanto, obrigada...

- Não foi nada, a gente precisava de um lugar para ficar quando visitarmos o Brasil - dei um selinho demorado nele.

- Precisamos pintar as paredes de cinza e dar vida ao jardim! - disse empolgada e ele me entregou a chave - Como descobriu qual era a casa?

- Essa parte foi chata... - ele fez uma expressão de tédio - pedi ajuda ao Pedro - ri com isso. - Ele é um mala.

Segundos (Oikawa x Reader)Where stories live. Discover now