45 - Sogros

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Nem quando minha mãe adoeceu eu fiquei tanto tempo sem treinar, o meu máximo de tempo sem ginástica foi quando ela morreu, mas nesse tempo eu não tive vontade de fazer absolutamente nada.

- Meu braço está coçando! - reclamei para meu namorado. - E pensar que quando eu era criança, achava incrível quando alguém usava gesso...

- Ilusões da infância... - ele analisou meu braço - Está doendo?

- Agora não... - ponderei por alguns segundos - Sabe que tem grandes chances desse almoço ser um fiasco!

Nem acredito no que estava fazendo, indo ter um almoço formal com meus sogros. Fala sério! Eu pareço alguém que sabe se portar em um "evento" como esse? Eu diria que as chances de eu falar alguma merda é quase de 120%.

- Não será, eu te falei que minha mãe já gosta de você, desde aquele dia que você cuidou de mim. - ele explicou.

- Naquele dia eu quase não conversei com sua mãe, acho que ela pode ter criado um estereótipo fofo meu na mente dela e sabemos que eu não sou muito fofa... - falei entrelaçando meus dedos nós dele.

- A corajosa S/N está com medo? - ele deu uma risadinha.

- Não é medo, só não quero fazer besteiras, se a comida da sua mãe for boa e eu não for amiga dela, ela não vai me convidar para os almoços especiais... - argumentei.

- Você é inacreditável! - ele riu negando com a cabeça e parando em frente a porta - Pronta?

- Sim, né... - balancei os ombros.

- Mãe, pai nós chegamos! - entramos na casa.

Eu não lembrava mais dos detalhes modernos que haviam na casa do Oikawa, na última vez que eu vim aqui não fiquei muito no andar debaixo e sim no quarto do menino, é tudo tão organizado!

- Ah, oi querida! - a mãe do Oikawa apareceu, ela estava com um avental, os traços de seu rosto eram muito semelhantes ao do filho - Está me devendo um almoço a muito tempo...

- É, eu sei, me desculpe pela demora, mas estou feliz por estar aqui agora! - dei um sorriso para ela.

- O que aconteceu com seu braço, querida? - ela fez um semblante de preocupada.

- Quebrei o rádio... o osso... - fiz cara de desanimada.

- Eu sinto muito! - senti sua sinceridade - Bom, saia da porta, leve ela para a sala de jantar, Toru! - a senhora Oikawa mandou - Já servirei o almoço.

- Precisa de ajuda? - perguntei.

- Não, está tudo sobre controle, pode ficar a vontade... - sorri para ela e concordei.

Oikawa me guiou até a sala de jantar.

- Sua mãe é um amor! Como ela tem um filho como você? - fiz careta me sentei na cadeira junto a mesa.

- Um filho maravilhoso como eu, você quis dizer! - ele se sentou ao meu lado.

- Ora, já chegou! - um homem alto, com alguns fios de cabelos brancos entre os seus castanhos adentrou no cômodo, acredito que seja o pai do baka, devo acrescentar que a família dele tem um genética invejável.

- Oi pai, essa é a S/N! - sorri para o homem.

- Muito bom te conhecer, conhecer a menina que meu filho vive falando... semana passada mesmo ele estava surtando tentando achar alguma aliança para te presentear... - amei ele explanando o Oikawa.

- É um prazer conhecer o senhor! - fui sincera.

- Pai! - Oikawa resmungou.

- É uma moça bonita, como se interessou pelo meu filho? - dei risada descaradamente enquanto meu namorado ficava vermelho.

Segundos (Oikawa x Reader)Where stories live. Discover now