Eu ia dividir o capítulo, mas optei por fazer isso na revisão. Então... Ta ai, quase 7K de palavras pra vocês. Gostaria de dizer que não sofri, mas seria mentira.
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Acordei algumas horas depois com uma leve dor de cabeça por ter dormido chorando, meu celular estava do meu lado na cama, apenas apertei no botão de liga/desliga para ver o horário.
Duas da manhã.
Suspirei baixinho, supostamente eu precisaria encontrar Gabriel depois de amanhã. Repeti mentalmente diversas vezes que precisaria entender o que ele sentia por mim, para poder ter uma visão mais ampla do que tínhamos, porque se fosse para continuar daquele jeito, eu não iria querer.
Desbloqueei o celular e abri o whatsapp, deslizei a tela até encontrar uma conversa antiga. Aquela seria minha deixa para conseguir entender pela visão de outra pessoa o que estava acontecendo.
Eu precisava de uma opinião de alguém que não estivesse emocionalmente envolvido com o fato de eu, quase, finalmente ter alguém.
Abri a conversa e como se fosse um sinal divino, o nome online apareceu.
Apertei no ícone da ligação de áudio.
Três toques depois, assim que eu ouvi o alô minha garganta voltou a fechar, meu coração gritou por ajuda.
― Guilherme – falei tentando fazer minha voz não tremer ― Eu preciso de ajuda...
― O que aconteceu, querida?
Suspirei, e naquele momento, Guilherme trocou para ligação de vídeo. Assim que seu rosto apareceu na tela, eu voltei a chorar.
Gabriel Stein
25 de agosto, domingo.
― Você gosta da Charlie. – Minha mãe falou enquanto esperávamos o horário do meu voo.
― É, eu gosto dela – afirmei, e pela primeira vez me senti estranho falando aquilo em voz alta.
O olhar atento e carinhoso estava me analisando.
― Filho, eu torço pela sua felicidade. – Lucia começou ― Mas eu sei quais são suas ambições, e são ambições que requerem sacrifícios, todas exigem isso. Gabriel, eu não quero que voce se machuque, também não quero que machuque a menina, então não faça algo que não tenha certeza. Lembre-se de seus objetivos meu filho, tem espaço para ela em sua vida? Agora e a longo prazo?
Engoli seco e desviei os olhos da figura materna.
Lembrei o motivo pelo qual tinha que afastar Charlie de mim, mas meu estúpido coração não queria aquilo.
― Mãe, o que eu faço?
― O quanto você gosta dela? – questionou.
Engoli seco.
Não sabia ao certo.
― Não sei.
Minha mãe suspirou e segurou minhas mãos.
― Tente descobrir. Não posso lhe ajudar se você não souber. – apertei suas mãos ― Mas lembre-se o que eu lhe disse.
― Claro. Não vou esquecer.
Lucia se reclinou sobre a cadeira e fechou os olhos, sabendo que ainda tínhamos algum tempo antes do voo.
Fiquei mexendo no Instagram até sentir tédio, me perdi no tempo e assim que notei já estava quase na hora de embarcar.
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Apenas Amigos
RomanceAlguns sentimentos podem ser o que não são. Mas seríamos nós capazes de dizer quando exatamente eles mudaram? Sempre temos alguém que nos entende, talvez não seja nosso melhor amigo ou amiga, mas sempre existe aquela pessoa que se conecta a você de...