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QUERO VOCÊS VOTANDO E COMENTANDO ESSE CAPÍTULO

25 de outubro, sexta-feira.

Meu celular vibrou na bolsa, fazendo barulho.

― Então gente, é por isso que a massa peso multiplicada pelo... – o professor interrompeu a fala com o barulho, e virou-se para a sala ― Por favor gente, coloquem os celulares no silencioso, no modo avião, não sei. Mas prestem atenção, vocês vão precisar passar em física no vestibular para entrar nos cursos que pretendem.

Comprimi o lábio e estiquei a mão para pegar o aparelho.

Bufei baixinho quando vi que era Martha.

Martha: Oi

Martha: Os meninos mudaram a data do encontro, é amanhã, sábado.

Martha: Já viu com seus pais se vai poder ir?

Martha: Quer que eu peça, seu pai gosta de mim.

Martha: Ou você não quer ir?

Martha: Quando ver essas mensagens, me responde. Os meninos chegam hoje.

Rolei os olhos e coloquei o celular no modo não perturbe, tentei ignorar o fato de que eu estudava muito perto da casa de Stein.

Dane-se ele, pensei. Dane-se a Martha, isso não vai me passar em medicina.

E voltei a prestar atenção na aula, mas dois neurônios ainda travaram, negando-se a esquecer o assunto. Rondando e rondando os dois nomes em minha mente, quando eu realmente não precisava de uma distração.

[...]

Você quer ir?

― Amanda, eu quero saber se eu devo – falei áspera, minha irmã estalou a língua no céu da boca.

Olha, eu não sei dizer se você deve ir ou não, fica a seu dispor. Sabe que o papai vai deixar você ir se falar que vai sair com a Martha. – Suspirei ― Mas você quer sair com ela?

Gemi e passei a mão direita em meu rosto.

― Eu não sei... – mordi o lábio inferior, e comecei a puxar as peles soltas, sabendo que aquilo poderia ocasionar um ferimento ― Eu quero vê-los, os meninos são legais, mas...

Amanda suspirou do outro lado da linha.

Char, eu queria ajudar, mas minha jurisdição vai só até pedir pra você sair, e te acompanhar. Você tem que decidir sozinha se quer ir vê-lo. E se quer reencontrá-la.

Fechei os olhos com força.

― Tá bom, - respirei fundo ― pergunta do papai se podemos sair amanhã às 18 horas. Você vai comigo.

Bom saber que eu nem posso escolher se vou ou não – minha irmã riu ― Ta bom, maninha. Beijos, boa aula.

― Beijos, obrigada – finalizei a ligação, e sai do cursinho para ir lanchar, colocando o celular no bolso da frente do meu uniforme do colégio.

Fui até uma barraquinha que tinha perto do curso e pedi um café puro e um pão com queijo e ovo.

Sentei em uma mesa e peguei o celular do bolso.

Charlie: Oi

Charlie: Pedi pra Amanda falar com o nosso pai

Charlie: Quando ela me responder, eu te falo se ele deixou ou não.

Apenas AmigosWhere stories live. Discover now