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Olhei para ele e desci os últimos três degraus da escada.

— Gabriel? - perguntei ainda sem acreditar.

Ele sorriu.

— Ainda lembra de mim?

— Você não mudou nada. - falei sorrindo.

— Você ficou mais bonita. - falou e eu desviei o olhar para o chão, sem graça.

— Então... - falei e coloquei as mãos para trás do corpo, em sinal de nervosismo. — Como... – soltei minhas mãos e gesticulei com elas, ele riu.

— Pelo visto você está tão perdida quanto eu. - ele falou e eu franzi o cenho. — Me mandaram mensagem pelo direct do Instagram, dizendo que você tinha me convidado para uma festa na piscina.

— Foi mesmo? - perguntei ja sabendo quem havia o feito.

— Eu vim. - deu de ombros — Apesar de desconfiar um pouco do convite.

Ergui uma sobrancelha em diversão.

— Gosta de festas?

Ele sorriu.

— Também. - falou e eu mordi a parte interna da boca, estava sorrindo demais. — Um amigo meu mora aqui, então qualquer coisa eu ja tinha para onde ir.

— Ah sim. - falei e vi os meninos começarem a correr no gramado da casa. Gabriel também olhou para eles e colocou as mãos nos bolsos. — Vamos?

— Vamos.

[...]

— O que caralhos você tinha na cabeça? - falei para Guilherme quando estávamos, finalmente, afastados dos outros.

— O quê? Eu vi o seu rosto quando ele apareceu.

— Eu estava surpresa, você também ficaria se fosse uma menina que o Marcos gostava. - falei olhando para piscina, onde Gabriel estava sentado conversando com os outros meninos.

— Quem gostava dele? - Gui perguntou colocando as mãos na cintura, fingindo uma cara de indignação.

Ele já sabia de quem eu estava falando.

— Eu não diria gostar, mas ela falava que queria ficar com ele. - falei soltando o ar com força.

Virei-me de costas e comecei a andar em direção a porta principal da casa de meu amigo.

— Atração sexual. - Guilherme falou enquanto me seguia.

— O que? - perguntei desviando de seu braço, que ele estendeu tentando meu abraçar.

— Ela. A menina, ela sente atração sexual por ele. Algo carnal.

Maneei a cabeça, não, não se encaixava naquilo.

— Acho que não. - falei e abri a porta.

— Opa! Você não vai entrar na minha casa toda molhada assim.

— Foi você que me empurrou na porra da piscina, seu indigno!

Ele riu.

— Era você que estava muito perto.

Cerrei meus olhos.

— Como é Guilherme?

— Nada não fofa. - ele falou, beijou minha bochecha rapidamente e se afastou rindo — E ah! - falou um pouco mais alto — Ela não tem nenhum vínculo com ele, então não tem problema você se deixar levar. Tudo aquilo é passado, Charlie.

— Vai arranjar o que fazer e me deixa em paz!

— Vou procurar o meu lanche. - Gui falou e sorriu sacana, saindo em seguida. Rolei os olhos.

Apenas AmigosWhere stories live. Discover now