Tudo havia ficado em paz em Prythian por longos e felizes dezenove anos. Mas isso foi até dois jovens aparecerem para mudar tudo.
Além de terem que lidar com um novo possível problema com Hybern, Adrien, Jesminda, Ayla, Nyx e Luke também tem que apr...
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Theo quebrou o pescoço daquele soldado com uma facilidade que poderia ser assustadora para quem visse de fora. Para ele, era normal. Ele sequer se importava, não mais. Não quando o barulho de osso partindo havia se tornado tão familiar para ele.
Theo olhou com deboche para o outro soldado a sua frente, aquele que apontava sua espada como se um pedaço de metal fosse o suficiente para impedir Theo de entrar em seu próprio castelo.
-Tem amor a sua vida?- Theo perguntou, jogando a cabeça para o lado de forma casual, como se aquilo não fosse nada e ele não tivesse acabado de deixar um rastro de corpos no caminho até ali.
-Quem você acha que é para invadir assim?- o macho rosnou, mas aquilo só fez Theo dar uma gargalhada.
-Sou seu rei. E ou você se ajoelha a mim, ou você morre. Não é tão difícil assim entender, sabe?- Theo disse cruzando os braços. Aquilo só serviu para irritar o macho, que atacou.
Theo segurou a lâmina daquela espada antes que atingisse seu pescoço, sem sequer piscar. Ele deu um sorriso viperino para o macho que arregalou os olhos. Theo sabia que ele tinha acabado de se dar conta de que, sim, ele não estava mentindo: era, de fato, o herdeiro do trono por direito. Mas agora já era muito tarde para voltar atrás, pois Theo já estava com as garras afundadas na garganta do macho, a rasgando de fora a fora.
Amy deu uma risada que fez Theo se lembrar que ela estava ali. Ele se virou para ela, a olhando com raiva.
Dias haviam se passado, mas a raiva de Theo por Amy não havia diminuído. Ela só estava viva agora porque era sua prima. E tinha sua maldita coleira.
Amy revirou os olhos, parecendo ler os pensamentos de Theo. Ela desceu do murinho onde estava sentada apenas para ficar cara a cara com ele.
-Sabe que foi necessário.- ela disse. Theo rosnou.
-Fazer eles serem mortos nunca foi necessário.- ele disse e Amy revirou os olhos.
-Acha que eles deixariam Astéria ser levada de bom grado? Porra, para de ser ingênuo.- disse Amy. Theo a agarrou pelo pescoço, fazendo Amy arregalar os olhos.
-Você acha que vão ajudar a gente agora, sua imbecil?- ele sibilou. -E nunca, nunca, mais desfaça uma ordem minha. Aqui, minha palavra é lei, e não a sua. Já paguei minha dívida com você te tirando aquele fardo. Agora, quem manda e desmanda sou eu e não você. Estamos entendidos, Amy?
Ela, sabiamente, balançou a cabeça em concordância. Theo deu um sorriso perverso para ela e soltou o pescoço de sua prima.
-Ótimo. E venha logo, porque não tenho interesse em demorar mais para tomar o que é meu. Você já me atrasou por tempo o suficiente com suas merdas.- ele rosnou, voltando a andar em direção ao centro daquele castelo.
Quando chegou ao corredor que levava a sala do trono, encontrou soldados que, sabiamente, se curvaram para ele. Ainda assim, Theo sentia que tinha algo estranho. Quase como se eles estivessem com medo do que iria acontecer dentro daquela sala. Não; eles estavam, de fato, com medo.
