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Rayssa

Rayssa: Ô manhê, olha só a Rafaela me enchendo o saco aqui, cara!- Gritei me levantando da cadeira de praia, já que eu estava pegando uma marquinha bem gostosinha aqui na laje de casa.

Rafaela é minha irmã mais nova de 3 anos, ô bichinha chata viu, adora comer o juízo que eu já nem tenho. Igualzinha a Dona Andressa, vulgo minha mãe, minha melhor amiga e meu amor todinho. É chata pra caralho? É, pra cacete. Mas eu amo demais e não vivo sem!

Rafaela: Vai tomar no cu, pilanha!- Me deu o dedo do meio e saiu correndo pra dentro de casa, gritando minha mãe.

Tô te falando, essa garota não presta cara, meu pai e minha mãe que lutem, porque quando crescer vai ser terrível. Essa daí é a própria secretaria do capeta mermão, sabe fazer o inferno todinho na sua vida.

Já falei com minha mãe pra parar de ficar xingando perto dela, mas tu me escuta? Porque ela não, paga de Kátia e fala que isso é coisa de criança, que já, já ela para. Ram, ela que pensa.

Aumentei a caixinha de som no último volume e coloquei o óculos de sol na cara. Sabadou desses e eu aqui já retocando a marquinha pra mais tarde, que hoje tem bailezin com as colegas. Meu marido Retzinho vai brotar hoje aqui no baile e a mãe tem que tá gostosa, né? Vai que rola uma oportunidade, não posso desperdiçar, garota.

Rayssa: Viciante tipo a droga mais pura, mistura de fofura com putaria na cara dura, questão de honra te quebrar na cama, te deixa nua de corpo e alma, não é marra é postura.- Cantei enquanto passava minha misturinha de água, sal grosso e soro fisiológico no corpo.

Isso aqui salva vidas, amo demais pegar marquinha com essa mistura, pega melhor do que não sei o que, arde pra caralho, mas vale super a pena no final. Coloquei o pote com a mistura em cima do tijolo e deitei virada com a bunda pro alto, tô muito branca, preciso de uma corzinha, que isso.

Fechei os olhos e fiquei cantando baixinho a parte da poesia acústica do meu maridinho, vulgo Xamã. Amo demais esse homem cara, tô doida pra chegar logo novembro , ele vai vim no baile em comemoração ao aniversário do dono daqui, que é meu padrinho.

Falando nele, avistei meu pai e ele descendo o morro e já dei logo um sorrisão, sempre fui apaixonadinha no meu padrinho, desde que eu tinha uns 6 anos ou menos. Óbvio que nunca rolou e nem vai rolar nada, até por quê ele é meu padrinho e nunca vai me olhar com outros olhos, mas isso não me impede de gostar dele e ficar desejando ele de longe.

Se pá meu maior sonho é sentar pra aquele homem, mas ele e meu pai são como irmãos, fora que ele é casado, não tem filhos, mas é compromissado e meu padrinho.

Meu pai tava conversando com ele sobre não sei o que, por onde passavam as pessoas falavam com eles. O que um fuzil não faz, não é mesmo? Meu pai tava com o seu atravessado nas costas, meu padrinho também tava com o dele dourado, todo de ouro. Acho lindo, principalmente porquê tem o vulgo dele bem grande escrito com algumas pedrinhas de diamantes.

Meu pai é braço direito do meu padrinho, minha mãe não gosta nada disso, mas fazer o que, ela já conheceu ele nessa vida e teve que aceitar assim mesmo.

Acenei pro meu pai que acenou de volta e me chamou com o dedo, larguei tudo e fui correndo lá pra baixo do jeito que estava, meu pai me olhou feio assim que viu o que eu estava vestindo, mas nem liguei, é só um biquíni cara, dá em nada não.

Renato: Rayssa, tá malucona tu? Fica andando assim por aí garota, vai colocar uma roupa!- Revirei os olhos rindo debochada e ele me deu um tapa na testa, mas nem doeu.- Cadê tua mãe e tua irmã?

Rayssa: Lá dentro.- Apontei lá pra casa e ele assentiu, saindo entrando em casa. Meu padrinho tava mexendo no celular, respondendo alguém por áudio, acho que é a nojenta da mulher dele.

Mulher não me desce, e não é nem por conta de eu gostar dele e sim porque ela é nojenta mesmo. Não gosta de mim e nem da minha mãe, e a gente nem sabe o por quê, vive vindo aqui atentar nosso juízo, tomar no cu. Já passei a visão pra ela, o dia que eu me embucetar de verdade vou pegar ela no pau e não vai ter Tito e nem ninguém.

Rayssa: Fala mais com tua afilhada não, Marlon?- Chamei pelo nome só pra provocar, ele odeia e fica boladão, mas eu gosto dele assim, bem putinho mesmo.

Tito: Falo não, abusada!- Revirei os olhos rindo e ele me abraçou, beijando minha cabeça.- Tá toda bonitona em, tu não era assim cara, cadê a vara pau que eu conheci?- Falou me analisando, mas nem foi na maldade, tá ligado? Queria eu que fosse né.

Rayssa: Sempre fui, você que nunca notou.- Joguei essa e ele riu negando. No fundo ele sabe que eu sou apaixonadinha nele, só se faz de Kátia pra não perder a postura.- Minha mãe tá fazendo almoço lá dentro, lasanha de frango.

Tito: Opa, vou brotar já, só vou pegar a mulher lá em casa, jae?- Ele coçou a cabeça e eu revirei os olhos, ele sabe muito bem que não gosto dela e fica de graça, idiota demais.- Faz essa cara não, fica mais feia ainda pô.

Rayssa: Tomar no teu cu vai, Marlon.- Virei as costas pra ele e sai rebolando, mas o ridículo puxou meu braço me trazendo de volta.- Qual foi?

Tito: Mais respeito com teu padrinho hein, mandada do caralho!- Me deu um tapa na testa e eu retribui com um tapa forte no braço dele, mas logo saí correndo pra dentro de casa.

Subi correndo pro meu quarto e tranquei a porta, acho que minha calcinha tá molhada, vou precisar me aliviar. Impossível também não ficar com um tesão de homem desses a poucos metros de mim, que isso, ser gostoso assim deveria ser pecado, cara.

Rayssa Costa, 18 anos

Marlon Silva, 34 anosVulgo: Tito

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Marlon Silva, 34 anos
Vulgo: Tito

Marlon Silva, 34 anosVulgo: Tito

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Amor proibidoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora