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Rayssa

Dá é muito bom, né? Você se sente até mais renovada, com vontade de ajudar Deus e o mundo e sua paz de espírito renova, sei lá, me sinto outra pessoa.

Me esparramo em seu peito após finalmente fazer o bofe gozar, coração batendo a mil por hora e respiração toda acelerada, mas um sentimento de satisfação no peito de ter cumprido meu trabalho, e aí, não é querendo me gabar não, muito bem feito. Sinto a mão do boy na minha bunda e logo em seguida um aperto na região, que me faz gemer baixinho por conta da dor.

Menino não perdoa ninguém, me fodeu com força e judiou da minha bunda, bichinha deve tá toda vermelha de tanto que ele bateu, era cada tapão que na hora do prazer eu nem esquentei, tava com um fogo no rabo que até esqueci da dor. Mas agora que o tesão acabou e o fogo foi embora, a dor e o incomodo ficou.

Rayssa: Que isso cara, aperta não, tu acabou com ela na hora do sexo, tem mão de ferro ou o que meu filho? Porra, tô sentindo ela queimar!- Resmunguei toda manhosa e o filho da puta riu ainda da minha cara, seboso do caralho.- Vai rindo mesmo Weverton, eu devo ter cara de palhaça, só pode.- Me levantei puta de cima dele também, odeio que debochem da minha cara, fico puta real. A regra é clara, só eu posso tratar a pessoa no deboche, se ela vir fazer o mesmo comigo aí as coisas já tomam um rumo completamente diferente e eu fico bolada.

Fui pra levantar, mas o otário passou o braço ao redor da minha cintura e me prendeu ali, levando seu rosto até o meu pescoço e distribuindo beijinhos por aquela região, me fazendo arrepiar todinha, desgraçado, sabe que é meu ponto fraco.

Rayssa: Saí, saí, tô puta contigo, sabe que odeio que fiquem rindo da minha cara, palhaço!- Dei um tapa no seu braço e ele resmungou, olhando bem pra minha cara com aquela carinha de playboy dele.- Burguês safado!

Weverton: Se liga ô favelada, Tati quebra barraco!- Debochou da minha cara e eu joguei um travesseiro na cara dele, rindo do apelido ridículo que ele me deu.

Rayssa: Tomar no seu cu vai, Weverton, eu hein!- Me levantei da cama sentindo tudo arder e fui até o banheiro, me jogando uma ducha rapidinho só pra tirar o suor e cheiro de sexo. Passei o creme dele que tava ali e aproveitei pra burrifar o perfume dele também, era cheiroso pra cacete, bem perfume de gente rica mesmo, a cara desse playboyzinho do Weverton. Nem penteei meu cabelo, só fiz um coque e deixei pra lavar em casa com meus produtinhos da Scala e Salon line, aqui só tem produto de gente rica e fresca, meu cabelo é alérgico, só gosta de produtos pobre, graza a deus.

Saí do banheiro e Weverton já não estava mais, só peguei minha bolsa e saí saindo, quando passei pela sala pra me ir embora a família dele tava tudo lá na mesa já jantando, fiquei toda sem graça quando 3 pares de olhos viraram na minha direção e me mediram da cabeça aos pés. Família do Weverton me odeia, todos eles sem nenhuma excessão, a única que gosta de mim aqui é a Juliana, fora ela mais ninguém.

E tudo porquê? Porque sou preta e favelada, simples! Mais ainda pela minha cor, né? Já que eles são tudo branquinho padrão, de olhos azuis e cabelo liso. E eu? Bom, preta, de cacheado e ainda por cima moradora de favela, isso aí pra eles já é motivo o suficiente pra me odiarem, nunca nem me dirigiram a palavra, mas sei que me odeiam porque Juliana me falou tudinho da última vez que vim aqui.

Mas tu acha que eu ligo? Porra nenhuma, de gente racista e preconceituosa é o que eu mais vejo no dia dia, nem me afetam mais. Mas que é o cúmulo que em pleno século 21 as pessoas ainda julguem as outras pela cor de pele ou pelo lugar aonde elas moram é! Acho ridículo e por isso sempre que encontro a família dele faço questão de olhar com nojo pra todos. Como eu gosto de afrontar e deixar eles se mordendo de raiva, caminho na direção do Weverton e depósito um selinho no seus lábios, que leva a mão até minha nuca e tenta aprofundar o beijo, mas não deixo e me afasto dele.

Amor proibidoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora