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Tito

Só tô palmeando Rayssa de longe, garota parece que é doente da cabeça, uma hora dessas andando pela rua e ainda por cima sozinha, e se eu não tivesse passando por aqui bem na hora que ela chegou? Como ia ser? Algum maluco poderia fazer alguma maldade com ela porra, e eu ia ficar putão, ia revirar o Rio de Janeiro inteiro atrás do arrombado e só ia sussegar quando matasse. Tá maluco? Ninguém toca no que é meu e sai ileso não, ia morrer da pior forma.

Vou andando no sapatinho atrás dela, garota andando toda leiga, falando sozinha ainda por cima, fazia até gestos e concordava com a cabeça, quem olha assim de longe pensa que a doida tem escrizofenia, mas tem não, só é pancadinha das idéias mermo. Mas eu gosto disso nela, ela viaja sozinha às vezes e eu acho mó bonitinho, tiro onda com a cara dela direto. Quando vejo que ela tá se aproximando do beco que leva pra rua da casa dela, decido cortar caminho pra chegar primeiro que ela lá, dar um sustinho na novinha de leves. Pulo o muro de uma das minhas casas e depois saio pelo portão que dá pro beco, caminho no sapatinho e me encosto no poste que tem ali, que não tem luz por tá queimada e também porquê eu não quero colocar, ajuda muito na hora da fuga, dá pra entrar nas casas que tem aqui na frente sem ser visto. Marco 2 minutos mentalmente pra ela aparecer no beco, já que as perninhas curtas da garota não coopera muito com ela.

Dá os dois minutos e ela aparece na entrada do beco, toda desconfiada e olhando pro céu resmungando algo, ela respira fundo antes de finalmente começar a caminhar na minha direção, quando se aproxima mais acelera o passo, afim de passar logo pro outro lado, mas eu não deixo, vejo ela passar na minha frente e antes que ela possa se afastar mais, passo meu braço ao redor do seu corpo pequeno e puxo ela pra mim, trazendo ela pro meu peito. Um grito alto e pavoroso sai de seus lábios mas eu passo uma mão em sua boca, a silenciando, fazendo a mesma arregalar os olhos e começar a se debater.

Tito: Tá perdida, diabinha?- Falo rouco em seu ouvido, sentindo seu corpo todo se arrepiar quando ela reconhece minha voz. Abro um sorrisinho de lado por sua reação e tiro minha mão de sua boca.

Rayssa: Você tá louco seu filho da puta, quer me matar do coração porra? Vai se fuder Marlon, qual o seu problema?- Ela grita e se afasta do meu corpo, virando na minha direção e começando a estapear meu peito. O que não causa efeito nenhum em mim, pois Rayssa é toda pequenininha e mais fraca que uma pena.- Eu vou matar você, eu juro por Deus que eu vou matar você!

Ela tenta mais uma vez me acertar, porém eu seguro em seu pulso, a impedindo de me bater e puxando a diabinha mais pra mim, colocando nossos corpos e deixando minha mão livre cair na sua cintura, a imprensando ali. Rayssa suspira embaixo de mim e permanece com seu rosto pra baixo, não deixando eu olhar pra sua carinha de menina que eu tanto gosto.

Tito: Olha pra mim, diabinha.- Levo minha mão até seu queixo e levanto seu rosto na minha direção. Rayssa direciona seu olhar pra mim, me fazendo admirar seus olhos obsidiana que me deixa de pau duro só de olhar. Só consigo imaginar ela de joelhos na minha frente, com meu pau na sua boca e a visão dela me admirando com seus olhos, porra, meu pau pulsa forte dentro da bermuda só com esses pensamentos.- Deixa eu admirar esses olhinhos de jabuticaba que tanto gosto.

Rayssa: Poorra!- Ela suspira fechando os olhos, passo a língua pelos lábios, de repente sentindo eles secos, necessitados de uma coisa que não posso ter, porque o destino foi filho da puta demais ao colocar uma porra de uma adolescente gostosa como minha afilhada.- Você vai me matar cara, não faz isso comigo não, por favor. Tu sempre faz isso, atiça e nunca vai até o final. Me ignorou a semana toda, pra agora tá aqui me dizendo essas coisas? Você sabe bem dos meus interesses contigo e provoca, gosta de me atiçar!- Ela fala com carinha de brava, a testa franzida e um pequeno biquinho formado nos lábios, a fazendo ficar tão fofa que tenho vontade de ajoelhar ela aqui mesmo e botar pra mamar meu pau.

Amor proibidoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora