capitulo 62

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Alice

Eu não posso, eu estava andando como se fosse piloto automático. Chaeyoung, minha irmãzinha estava desaparecida e na minha cabeça se passavam mil e uma possibilidade do que poderia ter acontecido.

Eu perdi o meu pai, o meu grande amigo que eu tive a honra de chamar de pai. Eu não posso perder a minha irmã, minha ficaria destruída e eu teria que ser forte para ela não desistir de viver. Maa quem iria garantir que eu continuasse viva?

Quando Lisa me disse aquelas coisas na ligação o aperto que senti no meu peito me fez ter a certeza de que Chaeng não estava bem, ela pode estar com medo ou assustada e alguma coisa me dizia isso.

Mas eu não posso sair fazendo alarde e se simplesmente o vôo atrasou e ela ainda está a nas alturas? Ou se o vôo deu algum problema e precisou fazer um pouso de emergência e ela está em outro país perto da Coreia esperando que o problema seja resolvido.

Eu precisei me manter calma, Lalisa estava tão nervosa que quase me fez surtar e ficar apavorada. Eu sou formada em direito então tenho que saber pelo menos lidar com a pressão, se eu não pudesse lidar com alguém em pilhas de nervos como eu poderia me considerar uma boa advogada?

Então eu simplesmente respirei fundo e decidi juntar todas as informações para saber por onde eu devo começar.

Não avisei ninguém, simplesmente peguei meu carro e dirigi rumo ao aeroporto. A todo momento tentando manter a calma e afastando os pensamentos ruins.

Talvez se a Rosé não fosse a pessoa que é eu não teria conseguido essa informação, aquilo me deixou triste por outras pessoas.

Eu só consegui a informação por que aleguei que não poderia causar alarde por se tratar de uma pessoa pública e só por isso aceitaram me ajudar sem antes envolver polícia.

— Então, o que precisa? — perguntou um homem que aparentava ter uns 40 anos, baixinho e de terno

— Preciso que o senhor verifique a lista de passageiros de todos os vôos de NY para Seul de ontêm — falei e ele me olhou curioso enquanto assentia

— Se puder esperar alguns minutos, eu vou trazer a lista para você — falou o homem e eu apenas assenti enquanto aguardava

Minha perna balançava sem parar, cada segundo parecia uma eternidade. Finalmente a porta se abriu revelando o homem com os papéis em mão.

— Aqui está as lista de passageiros de todos os vôos de ontêm de NY para Seul — Disse ele me entregando os papéis enquanto se sentava em minha frente

Peguei os papéis rápido demais de sua mão e meus olhos varreram cada papel procurando por qualquer nome que Rosé estivesse usando no passaporte. Apesar de saber que o passaporte dela estava como Park Chaeyoung, mas eu precisava ter um minimo de esperança a mais de que ela pudesse ter embarcado.

Enfim estava ali, com a última lista de nomes na mão mas ao ler o último nome percebi que Chaeyoung não teve problemas com vôo.

Roseanne Park, Rosé ou Park Chaeyoung. Estava desaparecida as informações que tenho é que dia 23 de setembro por volta das 6 horas da manhã, ela saiu do condomínio onde mora com sua namorada Lalisa Manoban e duas amigas Jennie Kim e Kim Jisoo, entrou em um táxi com destino ao Aeroporto Internacional JFK para pegar um vôo com destino a Seúl. Objetivo esse não concluído, oficializando seu desaparecimento.

Respirei fundo, devolvendo a lista de passageiros para o senhor que me ajudou.

— E então ela embarcou? — perguntou o senhor

— Infelizmente não, vou agora mesmo na delegacia relatar o desaparecimento dela. Mas obrigada pela cooperação — agradeci ao o homem que me olhou com pesar.

Agradeci a Deus por ele não me perguntar de quem se tratava, tudo que eu não precisava no momento era de gente vindo atrás de mim e da minha por uma entrevista sobre o caso.

(...)

Sai da delegacia dirigindo rumo a minha casa, agora era a hora que eu precisaria contar para minha mãe. Minha cabeça parecia girar e eu nem notei que estava dirigindo acima do limite, voltando a realidade eu liguei o rádio na esperança de me distrair um pouco mas quando a voz familiar começou a soar não pude me conter.

Meu coração de irmã se desmanchou como uma pedrinha de gelo em um sol de 40° graus. A voz de Rosé ecoava por todo o carro, aquela voz doce da garotinha que sempre foi minha melhor amiga.

Todas as memórias de Rosie na nossa infância pareceu me atingir em cheio, a paixão dela era a música e se não fosse pelo nosso pai ela nem saberia disso.

Minhas lagrimas corriam pelo meu rosto descontroladamente o qus acabou me deixando com a visão turva, me fazendo quase bater o carro.

Respirei fundo pelo susto estacionando o carro no acostamento até que eu pudesse me acalmar.

Eu preciso ser forte
Eu preciso ser forte
Eu preciso ser forte

Essas palavras ecoavam na minha cabeça peguei meu telefone, não era justo que só eu soubesse daquilo. Eu não sou forte o suficiente para ficar com toda essa preocupação para mim.

-Lisa.- falei tentando soar calma mas eu sabia que dessa vez eu não conseguiria fingir

- Alice..- Lisa disse meu nome de forma quase inaudível e aquilo me destruiu mais ainda, permiti que minhas lagrimas corressem

- Eu... fui no aeroporto e na delegacia, Lisa... Chaeyoung tá desaparecida ela nem chegou a embarcar e eu não faço ideia do que pode ter acontecido ‐ falei aquelas palavras mais para mim mesma do que para ela

Me desmanchei em lagrimas, eu desabei em lagrimas, meu coração estava sendo prenssado sem dó em não saber o que estava acontecendo.

Lisa concordou do outro lado em meio a alguns murmúrios o que deduzi que ela estivesse chorando também e por isso não conseguiu responder.

Emxuguei algumas lágrimas

- Eu vou para aí amanhã, preciso fazer alguma coisa ou descobrir alguma coisa não sei mas não consigo ficar aqui parada já que a última vez que ela foi vista foi aí- falei e ouvi ela concordar com a voz chorosa.

Eu preciso encontrar você Chaeyoung.

Qual é seu nome? - Chaelisa Where stories live. Discover now