capitulo 66

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Lisa

Mais um dia se iniciava, o dia de um evento em apoio as pessoas que perderam entes queridos para o suicídio. Hailee havia organizado esse evento em homenagem ao Bambam e eu com toda certeza apoiei já que ele era meu grande amigo e não pude participar de seu velório.

Essa sería a primeira vez que eu estaria dando as caras desde o desaparecimento de Chaeng, já informaram que haveria muitos paparazzis e muitos fãs também, então a equipe de segurança estaria em peso já que seria no Central Park.

O evento acabou repercutindo bastante por conta dos últimos acontecimentos da minha vida, infelizmente acontecimentos negativos.

  — Está pronta? — perguntou Alice na porta do quarto, eu a olhei assentindo.

  Todas nós vestiamos preto.

Quando chegamos pudemos ver de longe as pessoas reunidas, assim que viram eu e Alice descer de um carro, Jisoo e Jennie de outro toda a atenção foi virada a nós. Eu sabia que Alice estar comigo seria uma grande manchete no dia seguinte, parece que tudo relacionado a desgraça das pessoas é um bom assunto a ser mostrado.

Fomos bombardeadas com flash e perguntas a todo tempo, grande maioria era sobre Bambam e Chaeng. Quando finalmente me aproximei de onde seria o evento todos permaneceram distante respeitando a grade de segurança que colocaram ali.

Hailee veio até mim me dando um microfone sem fio para que eu pudesse dar início ao evento.

Rosé

Eu tinha um plano, não consegui por nenhum minuto pregar os olhos na noite passada desde o momento em que aquele louco foi embora.

Me apoiei em tudo que podia para conseguir ficar em pé, eu teria que dar um jeito de me soltar. Em um galpão desse tamanho não é impossível que não tenha nada que eu não possa usar para isso.

Em pequenos pulos eu procurava por qualquer coisa que pudesse cortar aquela corda que me amarrava.

Foi quando achei perdido em um canto um pequeno canivete, canivete familiar já que o homem costumava usar para comer maçã.
Me desesperei em pegá-lo.

Foi quando eu escutei o barulho do carro se aproximando, eu precisava me soltar o mais rápido possível ou ele me pegaria antes de fazer o plano dar certo.

Cortei o mais rápido que pude sentindo minhas mãos tremerem e a minha respiração ficar ofegante, essa é minha única chance. O barulho do cadeado se mexendo indicava que ele estava prestes a adentrar o lugar.

Com as mão e os pés livres eu corri pegando a cadeira dobravel de madeira que tinha ali e corri para o lado da porta que ele abriria em poucos segundos.

A porta se abriu, vi o pé do homem adentrar foi quando eu pisei nele com toda a força o fazendo soltar um grito pela dor enquanto se abaixava eu enfiei o canivete em suas costas o acertando com toda a minha força a cadeira em sua cabeça. O homem caiu no chão após sentir o impacto, com minhas mãos sujas de sangue empurrei a porta do galpão correndo o mais rápido que eu conseguia. Avistei o carro dele parado a alguns metros de distancia correndo para o mesmo.

Pude notar que o lugar parecia um terreno baldio talvez em um bairro afastado, enquanto corria de relance pude ver o homem se levantar e desparar em minha direção, aquilo só me fez ficar ainda mais desesperada.

Entrei no carro trancando todas as portas enquanto procurava a chave, o homem se aproximou do carro começando a socar o vidro. Aquilo me fez tremer ainda mais, meu coração estava na boca enquanto enquanto lágrimas caía pelo meu rosto sem que eu tivesse o controle delas. Abrindo o porta documentos pude ver a chave ali presa, quando ele percebeu que eu tinha achado a chave socou o vidro com mais força conseguindo quebralo mas antes que desse tempo dele me puxar para fora liguei o carro arrancando com ele o mais rápido possível  fazendo-o machucar os braços com pedaços do vidro que havia ficado preso na janela.

Pude o ver bravo pelo retrovisor enquanto o carro se afastava, minha respiração descompassada, meu corpo tremendo sem parar, as lágrimas que desciam sem controle, o coração prestes a explodir e tudo parecia confuso demais para a minha cabeça.

Eu não sabia para onde dirigir, eu não sabia onde eu estava mas eu não podia parar, ele pode me achar e me matar na primeira oportunidade que tiver.

Estava tão desnorteada que nem percebi a rádio ligada, a voz falando ao fundo não era interessante para mim aquele momento até escutar o nome dela.

   "Lalisa Manoban jovem artista que está promovendo um evento público no Central Park sobre prevenção ao suicídio irá dar uma palestra nesse momento" disse a voz do rádio me fazendo arregalar os olhos

Ela está no Central Park, eu só preciso saber onde eu estou e dirigir sem parar até que eu chegue lá. Em um evento público por mais que ele me siga e me encontre não vai poder me machucar lá.

Enquanto dirigia tentei ativar o GPS vendo que eu estava a 30 minutos do Central Park, quase na saída da cidade.

Dirigi o mais rápido que pude, ultrapassando sinais e cortando os carros em minha frente, naquele momento se a polícia me parasse já seria lucro, mas o medo que eu sentia dele me encontrar era muito maior do que qualquer pensamento.

Finalmente cheguei ao Central Park, parando o carro de qualquer jeito correndo como se minha vida dependesse daquilo, de longe pude ver várias pessoas tumultuada em um canto, pessoas segurando câmeras e tripés montados era ali mesmo.

Então eu corri, sentindo minhas pernas fraquejarem por estar a maisbde 1 semana sem me movimentar direito, mas a dor naquele momento não importava, pessoas me olhavam como se eu fosse louca por estar correndo tanto daquele jeito.

Ao vê-la de longe de costas eu não esperei me aproximar e gritei pelo seu nome com todo o ar que me restava dentro dos pulmões.


Continua...


Qual é seu nome? - Chaelisa Where stories live. Discover now