O que diabos você vê?! (Imagine Bakugou)

Paralisia do Sono

"Incapacidade temporária de se mover ou falar ao adormecer ou ao acordar.

A paralisia do sono ocorre mais frequentemente em pessoas que têm narcolepsia ou apneia do sono, mas pode afetar qualquer pessoa."

"A paralisia do sono é a ausência de sincronia entre cérebro e corpo, o que faz com que a mente desperte antes do corpo físico. É uma condição caracterizada por uma paralisia momentânea imediatamente após o despertar ou até mesmo antes de adormecer. Normalmente, é mais comum quando a estamos prestes a pegar no sono."

S/N pesquisou muito sobre isso, visto que era algo comum a acontecer com ela.

Para as pessoas que creem e espiritualidade, o indivíduo passa a ver ou interpretar a presença de espíritos. Muitas pessoas sem entender o que está acontecendo buscam ajuda em uma força Divina, o que pode significar a busca do ser humano para despertar espiritualmente.

Nas profundezas de seu sono, S/N sente o peito ser pressionado por algo... Ou alguém.
Ela se esforça ao máximo para manter a sua respiração regular. Não conseguia se mover, nenhum de seus músculos obedeciam as ordens de seu cérebro. Seu corpo teimoso era o seu traidor.

Tinha alguém no seu quarto, e S/N tinha total certeza de que não eram seus pais e muito menos o seu gato de estimação. Algo estava muito errado naquela noite.
Ela lembra de tentar gritar para acordar, suplicar pelos pais que dormiam no quarto ao lado, mas todo o seu esforço foi em vão, ela não conseguiu nem abrir a boca.

Observando o quarto levemente escuro, ela viu que tudo estava em seu devido lugar. Exceto...
Uma mulher em sua porta, e com certeza não era a sua mãe.

Ela deu um passo, um movimento lento, mas que foi o suficiente para fazer S/N ficar ainda mais desesperada do que antes. Na posição em que estava, de barriga para cima, ela não conseguia distinguir o rosto de quem se aproximava.

Em pânico, S/N tentou gritar mais uma vez, e novamente nada saiu de sua garganta.
A mulher usava o que parecia ser uma camisa social branca, e mais nada além disso.

A água escorria pelo seu cabelo e pela camisa, marcando os seus seios. Nas mangas da blusa, S/N percebeu as manchas de sangue, pareciam cortes bem profundos. O sangue de seus pulsos marcavam a camisa, misturando-se a água que pingava no chão de seu quarto, manchando o carpete.

Ela continuou andando, passos pequenos e cada vez mais lentos, parando bem do lado da cama de S/N, com seus olhos vidrados na menina.
Seus lábios se moveram, ela estava falando alguma coisa, mas S/N não conseguia ouvir nada.
Os olhos dela se perderam em uma expressão tristonha, vendo que a menina não conseguia a ouvir falar. Como uma forma de consolo, a mulher passou seus dedos pelo couro cabeludo de S/N, que continuava paralisada de medo.

Os olhos da menina seguiram os braços cortados da mulher, que ao perceber seu olhar curioso subiu um pouco as mangas. Os cortes eram profundos, abertos, assim como S/N pensou que seriam. Estavam em carne viva, e a menina poderia sentir perfeitamente o cheiro de metal invadindo o seu nariz.

Gotas de sangue gélido misturadas a água caíram em sua bochecha.

Os lábios dela continuavam a se mover, mas ela parou quando viu que S/N ainda não a escutava. Se ela queria algum contato, teria que tentar de outra forma.

Talvez de uma forma que não fosse tão assustadora como agora.

Um único estalo fez S/N mover seus dedos, depois as mãos, e os pés. Quando percebeu que poderia se mover, ela iria agarrar os pulsos ensanguentados daquela mulher e mandar embora de seu quarto.