Há coisas que eu prefiro esquecer

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Neste momento, S/N estava cansada demais para levantar do sofá. Enrolada em sua coberta, ela sentia frio e calor ao mesmo tempo, enjoada, com preguiça.

Andando pela cozinha, estava Katsuki, procurando por algum remédio para aliviar a sua febre. Bakugou ligou para ela a tarde, pois Sra. Mitsuki a chamou para jantar outra vez, e quando ela disse que estava doente ele desligou e apareceu em sua casa em menos de uma hora.

— Tsc. Você fica doente com frequência assim? - Ele resmungou trazendo um copo de água para ela e um comprimido.
— Não muito, na verdade depende da estação e com quem eu tenho contato. - Ela rebateu a sua reclamação colocando o comprimido em sua boca e depois bebendo um pouco da água.
— Está dizendo que eu passei gripe para você? - Ele parece extremamente ofendido.
— Não acho que seja só uma gripe, e eu não disse que foi você, não dessa vez.
— O que está insinuando?
— Não estou insinuando nada, quero dizer que a última vez foi porque eu tive contato com você.
— Foi cuidar de mim porque quis. - Bakugou implicou.
— Assim como você está aqui porque quer. - Ela rebateu, abrindo um sorriso cínico em seu rosto.
— Só não vou embora porque sou um herói bonzinho.
— Quer dizer que se importa?
— Se eu não me importasse não estaria aqui.
— Grosso.
— Implicante.
— Babaca.
— Exibida.
— Bi festinha.
— Porra! Aí não né, S/N?

Ela soltou uma risada satisfatória, olhou para ele sorrindo e depois para a TV ligada. Bakugou a olha de volta, mas não franzindo as sobrancelhas como ela estava acostumada.

— Você fica horrível quando está assim, meu Deus, seu nariz está escorrendo! - Ele disse enquanto pegava um lenço para ela limpar.
— Eu tô doente, você esperava o que? Queria que eu ficasse igual à Gisele Bint?
— Ao menos esperava que se cuidasse mais. Por isso está doente, você não cuida da própria saúde direito. - Declarou claramente decepcionado com ela, mas não gritou, sabia que a cabeça dela deveria estar latejando como um inferno.

Bakugou entregou a ela o lenço e S/N limpou o nariz, jogou o lenço no lixo e se encolheu no sofá novamente.

— Você precisa dar um tempo.
— Ei! - S/N protestou quando ele desligou a TV, mas imediatamente se arrependeu, pois a sua cabeça começou a doer ainda só por ter aumentado o tom de voz.
— Bem feito, se continuar agindo desse jeito você não vai melhorar nunca. - O garoto não estava com paciência para lidar com sua teimosia.
— Que seja. - S/N escondeu o rosto na almofada do sofá, estava doente demais para iniciar uma discussão com ele.

Seu estômago revirou poucos segundos depois de se deitar, ótimo, lá vamos nós outra vez. S/N levantou em pulo e correu rapidamente para banheiro, o seu movimento repentino assustou Bakugou, que sem entender nada a seguiu em silêncio.
Só deu tempo S/N se ajoelhar diante do vaso sanitário e vomitar, água e remédio, não havia comido nada desde que acordou.

— Minha nossa... - Ele se pôs atrás dela e massageou as suas costas para aliviar o seu enjoou.
— Desculpa, você não precisava ver isso.
— Você não tá grávida, tá?
— É sério isso? Você acha que eu sou a virgem Maria do século XXI? - Ela riu. Bakugou deu de ombros, ajudando-a se levantar quando ela pareceu estar melhor. - Valeu.
— Você precisa de um banho.
— Eu sei.

O garoto loiro saiu do banheiro e fechou a porta atrás de si, ele saiu do quarto quando ouviu a água cair contra a cerâmica e ouvi-la reclamar da temperatura.
Bakugou arrumou a cama dela, mesmo sabendo que S/N iria se deitar novamente minutos depois. Preparou algo para ela comer, algo que não fosse macarrão instantâneo ou salgadinhos.

— Posso ao menos tomar refrigerante? - Perguntou quando ele a serviu.
— Não. - Respondeu rígido, deixando claro que não iria adiantar se ela pedisse outra vez ou quisesse insistir.

O que diabos você vê?! (Imagine Bakugou)Où les histoires vivent. Découvrez maintenant