solidão, jantar, merdas

1.6K 293 551
                                    

ei, mais um capítulo pra vcs.

queria avisar que no capítulo passado eu disse que eram duas semanas de férias, mas eu tinha contado errado, são três semanas.

não esqueçam de votar e comentar muito e de seguir harry e louis no twitter @/stjlouis @/stjharry

#

Louis estava em casa há uma semana. Era esquisito que suas conversas mais longas haviam sido com Kelly, a beta que trabalhava na casa dos Tomlinsons.

O ômega já esperava não conversar com sua mãe, mas o abismo entre ele e suas irmãs era palpável. Eles não se odiavam, mas elas eram muito mais novas, e não estavam nem um pouco interessadas em nada que o garoto pudesse falar.

Louis leu muitos livros, escutou Taylor Swift até seus ouvidos doerem e permitiu que seus pensamentos voltassem aos últimos acontecimentos — Beijar Harry, ouvir Harry gritando aos quatro ventos que o amava, ver Harry beijando outra pessoa. Harry. Harry. Harry.

Louis pensou muito e chegou a conclusão que ele estava se autodestruindo. O alfa não merecia seu ódio (a esse ponto, Louis duvidava que sequer havia o odiado), mas não era como se ele pudesse fazer muito além disso. O ômega tinha Sam e estava tudo bem não corresponder sentimentos.

Por mais que Louis estivesse escondendo algumas coisas em seus baús, não era nada significativo o suficiente para obrigá-lo a fazer uma loucura.

Além disso, ele tinha certeza de que enlouqueceria em breve naquela casa solitária com seus pensamentos gritantes.

Era ruim estar ali. Em situações normais, Louis se esquivava o máximo que podia para não ir para casa além do necessário.

Sua mãe era uma grande empresária, e o ômega foi plenamente feliz até os seus dez anos, sendo mimado de todas as formas que podia tendo todo o amor que uma família poderia lhe oferecer.

Louis lembra de dias detalhados de sua infância, dias felizes em que ele apenas aproveitava o cheiro doce de sua mãe e os abraços quentinhos de seu pai.

Ele lembra muito bem de um ano específico de sua infância, um ano um feliz e depois muito esquisito. De repente, seu pai não estava mais em casa e sua mãe não o abraçava mais. De repente ele passava mais tempo com os funcionários e mais tempo brincando sozinho.

Depois de alguns anos sozinho, Louis lembra da sua mãe sorridente novamente, mas distante, e então lembra de um novo alfa em sua família e de quando começou a ganhar irmãzinhas.

O ômega só entendeu o que havia realmente acontecido anos depois, ouvindo uma conversa de cozinha, ele descobriu que seu pai havia ido embora, deixado ele e sua mãe para trás.

Louis não pôde recorrer a ninguém quando descobriu, porque Johannah tinha uma nova família agora, e ele fazia com que memórias que ela queria esquecer, voltassem. Não era sua culpa, ele sabia, mas o garoto também não seria egoísta o suficiente para culpar a ômega mais velha.

Ela queria esquecer de um passado que havia deixado uma grande marca, e Louis estava ali, lembrando-a diariamente.

Era isso que Louis era para a sua família: uma cicatriz, grande e incômoda, mal curada, que abria às vezes, mas que não valia a pena levar ao médico para consertar. Apenas colocar um band-aid e esperar que ela fechasse novamente.

Mas eram as férias de inverno, e dessas Louis não podia escapar, porque, apesar de tudo, sua mãe ainda gostava de manter aparências.

E ela tinha um novo sócio.

Lottie bateu fraquinho na porta do quarto e Louis disse que ela podia entrar. A pequena alfa tinha sete anos e seus olhos combinavam com os de sua mãe.

some things just make sense and one of those is you and i {l.s.}Where stories live. Discover now