morar, livre, casar

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Louis estava vivendo as suas melhores férias. Ele não lembrava da última vez que havia se sentido tão tranquilo, confortável e seguro.

Anne o ensinava a cozinhar algo todos os sábados, e Louis já sabia cozinhar o básico. Harry sempre ajudava, é claro.

Na tarde que Louis lembrou que precisava falar com sua mãe, eles estavam fazendo cookies. Enquanto o alfa misturava os ingredientes, acrescentando as gotas de chocolate, o pensamento de que sua mãe nem havia ligado para saber onde ele estava o invadiu.

— Amor… — O ômega chamou baixo — Minha mãe não me ligou desde que eu tô aqui.

Harry o olhou, antes de negar levemente com a cabeça e continuar misturando a massa. Louis sabia que ele estava pensando na coisa certa para dizer, então ele esperou pacientemente.

— Eu só ia te dizer isso depois, mas o meu pai comprou uma casa pra mim em Londres — O alfa começou, falando devagar, desviando o olhar para Louis ocasionalmente — Se você quiser… Pode morar comigo, aí você não tem que ir pra casa nunca mais.

O ômega demorou alguns segundos para entender o que Harry havia proposto. Morar juntos…

Parecia um passo grande, mas sendo honesto consigo mesmo, coisa que agora Louis era, ele não podia esperar para viver logo sua vida com Harry. E não fazia sentido voltar para casa, quando ele não se sentia confortável. Não agora, que ele tinha um emprego e uma nova família.

Louis sempre amaria a sua mãe, ele sabia disso, mas o sentimento não era recíproco e ele não podia viver preso naquilo.

— Você está falando sério, alfa? — Ele perguntou, chegando perto de Harry e o abraçando de lado.

— Muito sério — Harry sussurrou — Eu não sei se é rápido demais, mas eu realmente te quero morando comigo, pro resto das nossas vidas. Adiar isso só vai deixar a gente com saudade…

Harry deixou a massa do biscoito de lado, apoiando as mãos no balcão, ao redor de Louis e se inclinando levemente para raspar seus narizes juntos. O ômega levou a mão aos seus ombros, puxando-o para um beijo.

O alfa suspirou, passando a língua timidamente no lábio inferior de Louis, o beijando devagar.

— É claro que eu quero morar com você, amor — Louis diz quando eles se separam, recebendo um sorriso de covinhas e uma chuva de beijos por todo o seu rosto.

Os dois sorriram um para o outro, antes de lembrar dos cookies e voltar para o trabalho.

Horas mais tarde, quando os biscoitos já estavam assados em cima da mesa e Aria comia junto com Julia, Louis decidiu que ligaria para a sua mãe.

Ele sabia que Johannah não ligaria nunca, e ele realmente tentava não se sentir rejeitado. Louis sabia que ela não fazia por querer, apesar de o afetar.

O ômega saiu da cozinha em silêncio, discando o número e não parando para pensar nem um segundo, antes de apertar no botão de ligar.

Tocou três vezes, até que houvesse uma resposta.

— Louis? — A voz da ômega mais velha soou do outro lado da linha, fazendo-o morder o lábios em nervosismo.

— Oi, mãe…

— Fale logo, querido, eu estou apressada.

— Ok, é… Só pra te avisar que não vou mais voltar em casa, talvez só pra pegar o resto das minhas roupas. E Kelly. Kelly com certeza vai comigo — Ele disparou, sentando-se nos pequenos degraus que separavam a casa da praia.

some things just make sense and one of those is you and i {l.s.}Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon