Um dia com a Yashiro

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 Yashiro, antes do termino com Kou, flashback

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 Yashiro, antes do termino com Kou, flashback.

Passos fortes eu dava naquela noite. Estava animada, muito animada. Amane não era o tipo de pessoa que eu ficava super animada para visitar. Mas não tínhamos tempo para conversar. Tarefas, tarefas e mais tarefas, não me davam tempo. Também namorar pode ajudar muito a diminuir seu tempo com seus amigos. As garotas da minha sala dizem que não era para ser cansativo namorar alguém, não acredito. Existem sacrifícios a se fazer, não é? O amor ou os amigos. Fica difícil de dividir, porém tenho feito um bom trabalho.

Bato na porta, apressada. Minhas mãos geladas, mesmo sendo uma noite quente. Estranhei ele me chamar para casa dele só quando cheguei em casa, poderia ter me chamado quando saímos da sala de aula. Suspeito, mas não deve ser nada mais.
Amane abriu a porta, lá estava ele, feliz sorrindo sem os dentes. Entrei e mau conversamos. Poucas palavras, o clima dentro daquela casa estava frio. Tinha alguma coisa errada. Apenas não sabia o que. Não haviam palavras a serem ditas, fui para seu quarto juntamente com ele, é claro.

- Amane-kun, me diga, por que me chamou? Você parece... - sem um eufemismo bom para amenizar o quanto ele estava estranho, terminei a frase pela metade do fim.

Nos sentamos e ele me olhava de um jeito duvidoso. Era diferente, não gostei. Me lembrei de alguém. Entretanto depois de horas e mais horas sentada num banco de madeira, fazendo trabalhos, deveres de casa e tentando continuar um relacionamento aparentemente instável eu não me importei. Tentei tirar esse sentimento de dúvida.

- Oh, sim eu queria falar sobre seu namoro com Minamoto Kou – Argumentou, "Minamoto Kou", hm? Cadê aquele bom e velho "guri"? Deve estar cansado de chama-lo apenas por esse apelido. Ou deve estar crescendo, virando alguém decente, pelo que parece.
Amane começou a falar, depois, mais e mais palavras agressivas com o nome do guri (que estranho o chamar assim). Então citou do meu relacionamento, meu com meu namorado. Desabei, como eu poderia não desabar entre lágrimas. Devem pensar que sou uma péssima namorada, por não conseguir segurar as pontas.
- Eu achava que – funguei limpando meu rosto – que um dia o amaria como um dia ele me amou. Parecia estar dando certo. 'Tava dando certo. Por que Amane? Por que está falando comigo sobre isso.

- Relacionamentos não deveriam ser cansativos. Termine.

- E lutar, não deveria lutar por ele?

- Não, ele vai se machucar no processo. Você deve terminar com ele, contar tudo.

Neguei, não tinha coragem de fazer isso.

- Então o afaste – disse sorrindo, sem dentes de novo. Ele falava como se não quisesse que eu visse seu sorriso. Toda vez que abria a boca olhava para o outro lado – se não consegue terminar com ele diretamente, o afaste. É melhor assim.

- Vai machucar ele mais ainda. Não, não posso – balancei a cabeça.

- Imagina falar para ele "amor eu não quero mais ter um relacionamento com você por que estou cansada. Ficar com você me dá trabalho", se eu escutasse isso eu me matava.

Discuti com ele, quem era Amane para se meter na minha vida? Quem era ele? Logo suas palavras pareciam ser tão confortáveis. A proposta era muito perfeita. Nem me questionei motivo de ele estar fazendo isso. Só de pensar já vejo uma resposta "fiz isso pois sou seu amigo". Fechei meus olhos, tampei meus ouvidos e acreditei fielmente no que ele dizia. É meu amigo afinal, por que me prejudicaria?

Amane-kun perguntou se queria que ele me acompanhasse até lá embaixo. Respondi que não deveria se dar o trabalho, depois da conversa. Desci as escadas, porém antes de ir queria ir no banheiro. Sabia onde ficava o banheiro dos Yugi's não ia me dar o trabalho de gastar mais seu tempo. Fui no dos hospedes que ficava perto da cozinha. Como naqueles filmes adolescentes ouvi:

- Não deveria ter deixado você falar com ela.

- Você não teve coragem, fiz o que não conseguiu.

- Ela e o guri... não podem ficar juntos. Se estivermos certos sobre o futuro dos M- bom não vamos falar aqui - disse a voz com um tom amedrontado.

- Sim claro. Temos que cuidar deles falando nisso. Não podemos deixar um clã sem um verdadeiro líder.

- Pensava que não concordava com o que eles faziam.

- Não concordo. Logo hm... Deixa. Vamos, vamos temos trabalho a fazer nii-san! - exclama.

Do que diabos eles estavam falando? Dias e mais dias se passaram, sem resposta. Meu termino ocorreu como planejado, Minamoto-kun parece estar feliz com aquele menino o Mitsuba. Estou feliz, mas meu peito doi, por que será?

{N/A: Acho que o Mitsu-Mitsu usou o death note dele em você, já já vai ter o efeito final}

Yashiro flashback off

~Na casa dos Yugi, com o Mitsuba~

Nos filmes, o círculo de confiança entre os amigos não existe. Se mantém segredos. Penso se devo contar para Mitsuba Sou... (desculpa me esqueci o nome dele todo) a verdade do quebra cabeça. Pelo menos o pedaço que eu entendi. Era algo haver com os Minamoto's. Aquela conversa estava claro que era o Tsukasa e o Amane conversando sobre o clã Minamoto. Sei que o Mitsuba mora lá na casa deles, eu posso contar o pouco que sei. Mas na escola ele desaparece, Kou não fala comigo. Aqui posso contar com ele, não vai ter como fugir. Entretanto as paredes parecem ter ouvido, não posso falar que escutei uma conversa bem interessante dos gêmeos. Temo o que pode acontecer. Temo o que levou Amane a fazer isso.

- Yashiro – Mitsuba sem ar, muito ofegante. O observava atentamente – teve uma coisa que você não percebeu. Muito importante, mas sem explicação. Afinal por que ele faria aquilo?

- O que? – entrelacei minhas mãos com as dele como um gesto para eu me acalmar.

- A pessoa que falou com você naquele dia foi o Tsukasa – levantou as mãos dele junto com a minha. Como se tivéssemos vencido uma guerra.

- Ah – fiz cara de felicidade. Não era algo que poderia acrescentar muito. O que me doeu mais foi não ter percebido que não era o Amane com o contexto daquela conversa e pelo o que eu ouvi no banheiro. Me sinto um tanto lerda. - Isso é ótimo! - sorri me aproximando de seu rosto. O encarando fixamente. Balbuciei "nos encontramos depois para falar de algo importante". Ele concordou revirando os olhos e soltando minhas mãos.

Não sei se poderia confiar nele. Para meu azar era minha única salvação. 

Gaya: Um jogo sem limites - MITSUKOUWhere stories live. Discover now