Personagens, quase, nunca utilizados, escritos com amor.

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Algumas horas depois na casa do ratão:

.....Mitsuba Sousuke–on....

Não é como se eu estivesse surpreso com o que o Tsukasa acabou de me falar, mas era tão irreal que não conseguia acreditar.

– Pode repetir? Por favor?

– Tem algo que precisa saber – batia os pés no chão, de nervoso talvez – ficará mais seguro com a gente, por quê precisa cumprir sua promessa.

– Que promessa?

– A de proteger o Deus, talvez seja cedo para se lembrar. Sua mãe estava doente, faria de tudo para protege–la então soube do Deus – deu uma pausa – uma vida por outra vida. Você morreu, mas seu coração continuou a bombear sangue com a ajuda de maquinas, estranho, não? Teve morte cerebral, mas sua mãe não conseguiu te tirar das máquinas.

Olhei para mim mesmo.

– Não faz sentido como estou aqui? E não foi o Minamoto que me matou?

– Sim ele te matou, de uma forma ou de outra, você estava destinado a morrer desde o dia em que fez um acordo com o Deus. Em troca da vida da sua mãe você morre, com um desejo do Deus que precisa ser realizado.

– Não respondeu minha primeira pergunta, qual o desejo do Deus?

– Ele não se lembra de quem ele é, precisamos manter assim, ou seja, protege-lo de se lembrar.

– É um desejo muito idiota, não? E como meu corpo está aqui? Se meu outro "vive" em meu mundo?

– Eu não sei, não sou gênio para saber. Quem sabe não teve morte cerebral e tudo isso que passa é um sonho da sua cabeça? Ou você quando passou para esse mundo foi dividido em dois? Sua alma pode ter ganhado forma aqui.

– Eu não sei, sinceramente – bagunço meu cabelo – como posso escutar uma dessas e não pensar em nada.
Primeiro trinta e um capítulos, é trinta um para eu saber de uma coisa que foi contada em menos de um minuto. Se fosse assim eu deveria ter me colado logo no Tsu, como aqueles cola rato que você compra na esquina de casa. Não, se eu não tivesse ido para casa dos Minamoto não teria conhecido direito Satou e Yokoo, nem o Kou e a Chefa Tiara, então não me arrependo de ter ficado com eles.

– Se sacrificou para salvar sua mãe – bateu palmas tristes e lentas. – É um herói.

– Claro que não cara. Eu comi merda para pensar isso? Que morrer seria a melhor opção para salvá-la? – bufei – Eu morri para salvar a vida dela! E como ela está agora? Como ela tá passando?

– Não pergunte como se eu soubesse.

– A mamãe... – suspirei – também não poderia deixa-la morrer.

– Tá, tá, tá, chega desse drama. Te contei tudo o que procurava com Minamoto Teru-senpai, então por que não fica conosco? Somos tudo o que precisa agora.

– Acho qu...

– Você não acha nada xiu – tampou minha boca com seu dedo. – Durma uma noite aqui em casa, se achar que é melhor do tratamento que recebe dos Minamoto, então pode continuar, se gostar do que tem aqui os abandona.

– Deus que me livre, se eu não quiser dormir aqui?

– Você vai ter o destino do cachorro também.

Engoli seco.

– Suas ameaças não me amedrontam mais – minha voz saiu um pouco trêmula.

– Tem certeza... – aproximou seu rosto do meu e apertou minhas bochechas de forma ameaçadora, arregalei meus olhos – ... cachorro?

Gaya: Um jogo sem limites - MITSUKOUOnde histórias criam vida. Descubra agora