Vamos de abandono na escuridão; Covarde

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.....Mitsuba Sousuke-on..... 

Estava pensando sobre o que ela queria falar, na realidade estava bastante curioso. Deve ser sobre algo dos Yugi ou do Minamoto.  A única coisa que eu tinha certeza era que eu queria sair dali. Estou com fome, assustado, com medo do que pode rolar. Tipo qual é a desse jogo? Por que diabos minha dupla é o Tsukasa. Armação, tá na cara. Tenho que ir embora com a Daikon, mesmo não confiando cem por cento, mas ela sabe das coisas. 
“E o Tsukasa, ele não sabe sobre você também?”, pode ser blefe e se minha vida estiver em risco por conta de um blefe esse garoto vai morrer (a menos que ele seja o Deus).

  Dei um grito algo quando escutei a porta se abrindo. Foi apenas o vento que a escancarou, não sei como. Deve ter sido Amane tentando me pregar outra peça. Esses jovens de hoje em dia, dão trabalho demais. 

  - Mitsuba – Yashiro tocou no meu ombro e eu me assustei de novo. Xinguei algum palavrão e ela se desculpou. - Bom, err... têm uma coisa que eu percebi quando entrei aqui. Que me fez pensar um pouco sobre esse jogo – a garota prendeu o cabelo em um rabo de cavalo me olhando atentamente, junto com sua voz calma. 

- Vamos diga, daikon-sepai – exigi saber.

   - O jogo está dividido errado, sete pessoas? Como? Como sete minutos no céu poderia funcionar com três pessoas ao invés de sete. E esse número... ‘tá aparecendo em todo canto. 

   - Hm sério? Nem percebi, deve ser coisa da sua cabeça, não? Você têm tomado alguma droga não sei?

    - É claro que não!

  - Se você for drogada, não têm problema, eu ia te falar para me passar um pouco da sua receitinha, quem sa-

   - Já disse que não! - gritou sem ar. - Olhe pra lá - aponta para o teto, sete lustres impecáveis – Sete, sete lustres, quem teria sete lustres numa casa?

   - Alguém rico, ué? Eles têm um complexo de grandeza.

   - É um sinal. Sete, por que sete? - questionou totalmente confusa.

    Peguei meu celular, estava sem sete por cento, minha net acabou. Resolvi não contar sobre isso pra Daikon, sobre a minha bateria. Por que ela poderia ter um infarto e ficar em coma. Salvei a vida de uma pessoa, sou demais, nem precisa me elogiar. 

PERA EU TÔ SEM INTERNET?
Têm algo de errado muito errado. Como vou ver os novos posts do instagram? Como? Nem vai dar para escutar música por conta da minha dependência do spotify, não baixei minhas músicas. Droga. A e como vou ligar pro Kou me buscar? Também têm isso.

- Eu poderia pesquisar na internet, mas não sei o wifi daqui – resmunguei coçando meu braço. Uma reação alérgica ao ficar sem internet. - Vou pegar o wifi deles já volto.

   - Pera, não. Por favor não me deixe sozinha aqui – segurou meu braço. comigo me coçando. - Tudo bem com você?

   - Não posso ficar sem internet. E as mensagens que eu poderia receber? - confesso, paranoico.

       - De quem? Você nem têm amigos. E sua família soube que mora com os Minamoto. Acha que mandariam alguma coisa para você? - perguntou Tsukasa entrando na biblioteca.

        - Só bota a net aqui por favor – dei meu celular para ele.

         O garoto sorriu.

- Poderia botar outras coisas se você deixasse.

        Fiquei sem reação e ele apenas comentou que tinha que falar isso. Ok não estou surpreso pelo Tsukasa gostar de mim, sou um pedaço de mal caminho.

Gaya: Um jogo sem limites - MITSUKOUOnde histórias criam vida. Descubra agora