Thomas é forçado a viajar para Portugal numa tentativa derradeira de parar Oswald Mosley, que continua os seus avanços imparáveis no mundo fascista. Lá encontra a ajuda improvável de Helena, uma mulher de origem cigana e com o coração tão despedaçad...
Helena passou a noite a olhar para o tecto sem que a sua mente a tivesse deixado adormecer. Saiu do transe quando ouviu 3 batitas fortes na porta do quarto.-"Helena, Alfie está a caminho."- Era o seu tio, depois disso silêncio. Tentou preparar-se mentalmente para encarar Thomas ainda com a noite passada demasiado presente. Tomou um banho demorado e deixou-se levar pela sensação da água quente na pele. Ouviu passos pesados que se detiveram em frente à sua porta, olhou com expectativa enquanto o seu coração pulava pois sabia quem era, susteve a respiração e encolheu-se na banheira para depois ouvir Thomas afastar-se lentamente para longe de si. Encostou a cabeça à mármore da banheira aliviada e depressa se envolveu na toalha.
Thomas encaminhava-se para a escadaria ajeitando o seu casaco pesado quando viu Arthur sair do quarto do outro lado do corredor. Abriu o sorriso e passou um cigarro ao seu irmão mais velho que parecia exausto.
-"Noite longa irmão?"- Thomas acendeu-lhe o cigarro.
-"Tommy, estas mulheres são selvagens como a porra. Precisamos disto em casa."- disse Arthur passando a mão pelo cabelo. -"Não sei se o Finn se aguentou."
-"Estou aqui."- Disse levantado a mão e encostando-se à parede com um ar derrotado. Olhou para os irmãos mais velhos que lhe abriram os braços para o receberem.
-"Ele não se borrou, Arthur."- Disse Thomas para Arthur.
-"Muito bem Finn."- O mais velho agarrou-lhe na cara e deu-lhe umas leves estaladas mostrando o seu orgulho.
-"Vejo que sobreviveram à noite senhores."- Joaquim disse com um ar divertido já com o charuto na boca.
Arthur abriu o sorriso e dirigiu-se a Joaquim enquanto lhe passou o braço esquerdo por cima do ombro. -"Mr. Marques nunca provei uma mulher como esta."- desciam a escadaria, enquanto Joaquim assentia com a cabeça percebendo o que Arthur queria dizer.
-"Não existe comparação, Arthur.". os dois sorriram quando chegaram ao fim da escadaria seguidos por Thomas e Finn, o resto dos homens de Joaquim já se encontravam no salão.
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-"Que merda é esta?"- Foram surpreendidos quando as portas do pub se abriram e Alfie entrou com os seus homens dando de caras com Joaquim e Arthur abraçados.
-"A merda dos ciganos Joaquim? Chamas-me aqui para me armares uma cilada com o caralho dos ciganos?"- Disse Alfie num tom raivoso, apontando directamente para Arthur. Este trancou o maxilar e puxou do revólver sem pensar duas vezes, seguido de todos os homens que se encontravam naquele salão. Ia ser um banho de sangue se começassem a disparar.
