Demónio.

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Pegasus galopava ao ritmo definido por Helena e pela movimentação da capital, senhora do seu nariz a postura da morena em cima daquela criatura que mais parecia saída de um livro, chamava a atenção e atraia os olhares tanto de admiração como de te...

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Pegasus galopava ao ritmo definido por Helena e pela movimentação da capital, senhora do seu nariz a postura da morena em cima daquela criatura que mais parecia saída de um livro, chamava a atenção e atraia os olhares tanto de admiração como de terror. Apesar da sua beleza sem igual, as ligações familiares de Helena era suficientes para ninguém com o mínimo de juízo e amor pela vida lhe dirigir a palavra. Joaquim era um homem do povo que não tinha nascido em berço nobre e por essa mesma razão não esquecia as suas origens, cuidava de todos aqueles que estavam envoltos em pobreza e as acções de solidariedade por parte dos Raposas Vermelhas eram constantes. Mas caridade não deveria nunca ser confundida com fragilidade e na mesma medida que dava, Joaquim poderia tirar no momento seguinte. A regra que o mais velho tinha espalhado por Lisboa com sucesso era: Não dirigir a palavra a Helena, a menos que ela falasse primeiro, algo que era seguido à risca pelos locais.


Por alguns segundos Helena permitiu-se fechar os olhos e desfrutar da sensação do vento a bater na sua cara, adorava aqueles momentos de liberdade onde se podia abstrair dos seus demónios e esquecer a dor que a assombrava desde que se recorda. Pegasus parou repentinamente relinchando em plenos pulmões quando um carro atravessou na frente do animal que se assustou e se ergueu nas patas traseiras fazendo Helena agarrar as rédeas para não se desequilibrar enquanto tentava acalmar o cavalo.


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-"Hey querido, shiu fica calmo. Já passou."- Helena inspirou fundo sentindo a raiva a crescer dentro de si, Pegasus podia ter-se magoado e com as ruas cheias tinha sido uma sorte ninguém ser atingido pelo cavalo quando este se assustou. Viu o carro que tinha passado por si parar em frente ao hotel próximo do quarteirão e deu ordem de galope para o alcançar o quanto antes. O motorista saiu apressado do carro enquanto ajeitava o casaco preparando-se para abrir a porta detrás quando Pegasus passou pela traseira do veículo.- "Está doido? Tem de ter mais cuidado, quase atropelou o meu cavalo e me mandou ao chão!"- A sua mão abriu finalmente a porta do carro revelando uma figura que primeiramente admirou o hotel e só depois se virou para si.


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My Golden Gangster.Where stories live. Discover now