Capítulo 9

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Ele estaciona em frente a uma casa branca com uma varanda grande e cheia de flores

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Ele estaciona em frente a uma casa branca com uma varanda grande e cheia de flores. Olho em direção à porta, um vitral na altura dos olhos refletindo o sol da manhã em diversos mosaicos de vidro colorido. Vicente acompanha meu olhar enquanto puxa o freio de mão.

— Você quer entrar? Não vou demorar, mas...

Faço que sim, mas não tenho certeza da resposta. Ele para em frente à minha casa há dias e eu nunca o convidei para entrar. Há algo de íntimo em entrar na casa de alguém, como ter acesso a um universo particular. E ele me entregou o cartão de entrada para o seu.

Vicente entrelaça nossos dedos assim que desce do carro e forço minha cabeça a não pensar muito nisso.
É quase impossível.

Penso muito em todas as coisas, cada detalhe se revira infinitamente em minha mente em uma busca desesperada por algo novo para se agarrar, um significado que não estava lá ontem.

O nervosismo que se alastra em meus músculos faz com que seja mais difícil ignorar o zumbido constante em meus ouvidos. Uso a mão livre para apertar o aparelho contra a orelha, uma ilusória sensação de alívio.

Mal reparei na distância que cruzamos até a porta, Vicente já girando a chave na fechadura.

— Bem-vinda à minha casa! Não repare na bagunça, nem no possível barulho e nem nos brinquedos do meu irmão espalhados pela casa inteira.

Dou risada, incapaz de encontrar uma só coisa fora de lugar no espaço.
Uma cabeleira loira passa correndo pelo corredor em frente à porta, onde estou parada, fazendo balançar uma mesa de canto, embolando um tapete e quase derrubando um quadro. Ele derrapa em suas meias de dinossauro até estar bem próximo de mim. E então passa os bracinhos pela minha cintura, me abraçando.

— Oi! Meu nome é Pietro! Você é bonita que nem o girassol que a mamãe plantou lá atrás no jardim.

Eu derreto. Com-ple-ta-men-te. Pietro me ganhou com três frases e um sorriso.

— Oi, Pietro! — me ajoelho para igualar nossas alturas e permitir que ele me abrace melhor. Ele o faz na mesma hora. — Eu sou a Luísa, e você é o menino mais lindo que já vi na minha vida toda.

O som da sua risada rodopia pelo cômodo, uma composição única e exclusiva para esse segundo. Sinto vontade de apertar suas bochechas branquinhas. Ele se solta de mim, se virando para Vicente, que assiste. Me levanto, mas sinto vontade de sentar e me esconder assim que Pietro solta suas próximas palavras:

— Vico, ela é sua namorada? — pergunta, genuinamente interessado na resposta.

Vicente nem se abala. Vico. Poderia sorrir de Pietro se não estivesse tentando me camuflar às paredes.

— Não, Piê. A Luísa é minha amiga.

Pietro olha de mim para o irmão várias vezes, como se para assegurar a verdade das palavras. Por fim, ele parece chegar a uma conclusão.

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