Capítulo 36

325 89 2
                                    

— EU VOU MATAR VOCÊ! — Thais quase arranca a porta do batente, gritando comigo

ओह! यह छवि हमारे सामग्री दिशानिर्देशों का पालन नहीं करती है। प्रकाशन जारी रखने के लिए, कृपया इसे हटा दें या कोई भिन्न छवि अपलोड करें।

— EU VOU MATAR VOCÊ! — Thais quase arranca a porta do batente, gritando comigo. Sei disso por toda a expressão em seu rosto de “vou acabar com você” — TREZE DIAS, LUÍSA, TREZE DIAS!

Ela para a menos de quinze centímetros de mim. Vejo seus olhos brilharem, a linha d'água quase transbordando. Seus lábios tremem quando ela ergue o indicador para mim, em uma tentativa de intimidação.

— Nunca mais faça isso de novo, está ouvindo? Nunca mais... — seus pensamentos quebram.

Eu a agarro, antes que ela termine, em um abraço apertado e trêmulo.

— Me desculpa. — sussurro, acariciando sua cabeça, enterrada em meu pescoço. — Eu precisava disso. Desculpa. — repito.

Eu a seguro por todo o tempo que ela precisa para se recompor. Culpa sufoca minha garganta. Entendo o que ela está sentindo. Sei exatamente como eu ficaria em uma situação inversa.

— Você não vive sozinha.

— Eu sei — concordo — Eu sei.

Tatá puxa ar pelo nariz, fungando, e se afasta, fingindo uma quase indiferença ensaiada.

— Qual é o tipo deturpado de preconceito que você tem contra atender o celular? Olhar suas mensagens? Até e-mail eu te mandei, Luísa!

Eu não sei como ela consegue ser ainda mais expressiva gesticulando do que é falando, mas ela consegue.

— Vicente mandou cartas. — aponto.
Ela observa a pilha de papel na minha mesa de cabeceira com uma careta.

— Uh, que brega. Eu deveria ter feito isso.

Jogo-me de costas na cama, rindo.

— O método dele também não deu muito certo.

Com um suspiro, Thais cai ao meu lado, envolvendo minha mão na sua.

— Você vai ter que me contar o que fez enfurnada nesse quarto por treze  dias, Lulu.

E eu conto.

Com todos os detalhes, eu conto. E é como viver tudo de novo, mas agora há uma paz no meu peito que não estava lá antes.

Thais sorri e chora, me abraça e segura minha mão em todos os momentos certos.

Nós continuamos grudadas quando termino de falar. Até que ela se afaste um pouco para que eu possa vê-la sinalizar.

— Mas não foi só por isso que você me chamou, foi, sua pequena traidora?

Não consigo evitar uma risada.

— Não.

Ela bufa com indignação.

— Eu sabia! É claro que conversar comigo não seria o objetivo principal.
Dou um tapa em seu ombro, sem força.

— Pare de fazer drama.

Ela estreita os olhos pra mim, pronta para protestar, mas não deixo espaço.

— Preciso que faça algo para mim.

Último Som जहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें