capítulo 18

229 12 0
                                    

Vinicius Mospiert

Enquanto dirigia, e olhava Júlia que distraída observava as ruas movimentadas pelo horário comercial. Ela usava uma saia azul bem claro, juntamente com uma camisa social branca que mostrava um pouco da cor de sutiã que ela estava usando, e da mesma forma que isso me deixava com tesão me deixava puto, porque sabia que ela se encontraria com aquele merdinha hoje.

— Você tem compromisso nos próximos trinta minutos? — Perguntei depois de estacionar na minha vaga e observar os seguranças fazerem o mesmo e me darem o sinal de que estava tudo bem para descer.

— Não, somente as dez. — Respondeu guardando seu celular na bolsa e descendo do carro — Por que? — Indagou e eu segurei sua mão entrelaçando nossos dedos e chamando o elevador. Não era uma atitude frequente na minha vida há dois anos atrás, mas eu confesso que gostava de ter esse contato com ela. As portas se abriram e entramos juntos, nos aproximando ainda mais.

— Quero te mostrar uma coisa na minha sala — Beijei seus cabelos precisando sentir o cheiro de cereja e precisando esconder o sorriso. Apertei o botão do me andar.

— Tudo bem — Me abraçou e beijou meu pescoço, algo simples, sem nenhuma malícia, mas que arrepiou todo meu corpo e fez meu pau começar a se animar nas calças.

O elevador abriu e Susan nos cumprimento com seu habitual bom dia e um sorriso no rosto, retribuímos da mesma forma e eu pedi que não fosse incomodado. Adentramos minha sala e Júlia caminhou calmamente até o sofá que eu tinha ali e recentemente batizamos.

Sentei na minha cadeira e a chamei com o indicador, ela revirou os olhos e cruzou as pernas se mantendo no lugar.

— Venha aqui — Chamei.

— Não me trate como se eu fosse um cachorro e eu irei — Sorriu com a inocência que ela não tinha e foi minha vez de revirar os olhos.

— Mas você é a minha cachorra — Mordi os lábios quando ela passou a língua pelos dela e de repente, a sala que costumava ser fria, começou a ficar quente, muito quente. — Venha aqui, meu bem — Ela levantou e devagar ficou em minha frente.

Segurei firme em sua cintura e a fiz ficar encaixada no meu colo, com sua boca, pescoço, seios e bunda, a minha disposição. Tudo era meu. Ela era minha!

— O que você queria me mostrar? — Perguntou com rosto bem próximo do meu— Era isso que está bem duro aqui em baixo? — Porra. Sem poder mais me controlar, eu ataquei sua boca sem deixar ao menos que ela pensasse o que estava acontecendo.

Minhas mãos apertaram sua bunda, fazendo com que sua boceta ficasse perfeitamente encaixada no meu pau, muito duro, e ela pudesse sentir o que seu corpo fazia comigo. Me deixava insano, louco, obcecado por ela.

Ela levantou do meu colo, me fazendo quase implorar para que voltasse, mais eu parei imediatamente quando vi ela tirando sua calcinha lentamente. Fique de pé para colocá-la sobre minha mesa e mais uma vez me colocar entre suas pernas. Rocei minha ereção na sua boceta e ela gemeu dentro da minha boca. Deliciosa.

Prestes a tirar meu membro duro para fora, o telefone da minha mesa tocou nos assustando e eu me perguntei se não tinha avisado que não queria ser interrompido, mas eu tinha sim. Parecendo pensar o mesmo que eu, Júlia deixou um selinho em meus lábios, pondo um fim no amasso gostoso que estávamos dando e se moveu em baixo de mim.

Dei espaço para que ela levantasse e atendi a chamada de Susan.

—Senhor Mospiert — A voz da minha secretária me chamou, mas eu ainda precisava de fôlego para responder, então depois do meu silêncio, ela tornou a falar — Desculpe atrapalhar, mas o senhor Trevor está aqui e insiste em vê-lo. — Merda. Pensei e olhei para Júlia que já estava composta e me encarando confusa.

—Mande ele entrar - Olhei para a mulher que ainda tinha os lábios vermelhos pelo beijo e esquecendo de Trevor, beijei mais uma vez seus lábios, só que dessa vez com calma. — Vamos terminar isso de... — Não tive tempo de falar porque um furacão adentrou minha sala

— Eu não acredito que não me convidou para o seu casamento — Começou apontando o dedo em riste, tão focado em sua raiva que nem ao menos se deu conta da morena nos meus braços. — Chamou o Enrico para ser padrinho, mas adivinhe, eu não recebi um mísero convite. — Respirou fundo, como se estivesse cansado pelo esforço e pelas suas bochechas vermelhas, ele realmente estava irritado.

—Bom dia, Trevor. Quanto tempo não nos vemos — Sorri vendo sua mandíbula trincar. — Não sabia que já tinha voltado da Suiça.

—Não tente mudar de assunto. — E pela primeira vez desde que entrou ele olhou para minha mulher e pareceu constragido — Eu nem conheço sua esposa

— Júlia Mospiert — Sorrindo, ela se afastou de mim e apertou a mão do imbecil que eu considerava meu melhor amigo, até empatar minha foda — Eu também não conheço você — Ela o encarou curiosa e ele ficou ainda mais vermelho, só que de raiva e novamente seus olhos se voltaram para mim.

— Não falou de mim para sua esposa? — Indagou incrédulo com aquele fato e novamente olhou para Júlia, mudando drasticamente sua expressão —Trevor Welsh— Apertou a mão dela— Ex melhor amigo do seu marido — Ela sorriu me encarando, achando graça de tudo aquilo e não aguentando nossa distância eu me aproximei de Trevor e trouxe novamente minha mulher para os meus braços.

—Não seja dramático, cara. Eu nem sabia que já estava de volta aos Estados Unidos. — Disse e ele revirou os olhos.

—Eu poderia estar na Antártica seu idiota, merecia saber que você ia se casar. — Suspirou passando as mãos no cabelo, com o corte mais baixo do que me lembrava — Eu pensei que você ainda fosse apaixonado por... — O encarei rapidamente com se as palavras fossem voltar para sua boca e senti o corpo de Júlia tensionar, me arrependendo profundamente de não ter deixado ele esperando lá fora, até aparecer alguma brecha na minha agenda.

— Vou deixar que conversem — Beijou meus lábios e logo se afastou indo pegar a mão do idiota na nossa frente. — Foi um prazer, Trevor. — Pegou suas coisas que estavam em cima do meu sofá e saiu.

— Olha a boca, seu filho da puta — Dei uma tapa em sua testa e ele me encarou pronto para revidar, mas pareceu pensar o que aconteceu e assentiu a contra gosto,.

—Me desculpe — Disse — Desculpa porra nenhuma — Dessa vez eu sofri o ataque e ele falou bravo mais uma vez — Você quem deveria se desculpar.

—Pelo que? — Perguntei e ele me fuzilou com um olhar assustador e se eu não o conhecesse poderia sentir medo— Já disse que não sabia que você tinha voltado.

— Se eu soubesse que iria casar teria vindo ser seu padrinho. — Sentou na cadeira que ficava na frente da minha mesa e eu dei a volta, sentando na minha.

— Acredite, foi de repente demais até mesmo para você que é especialista em improvisar. — Suspirei pensando na loucura.

— E Débora? —Perguntou genuinamente curioso.

— Débora é passado para mim a muito tempo. Claro que doeu, eu a amava, mas o que eu poderia fazer? Obrigá-la a ficar comigo mesmo enxergando todo nojo que sentiu de mim quando soube da verdade? — Afastei rapidamente essas lembranças da minha cabeça ou o medo de Júlia fazer o mesmo me dominaria feroz.

Comecei a conversar sobre tudo que aconteceu desde que ele foi embora. Não falei sobre o contrato, Trevor não consegue segurar algo, ele sempre deixa alguma coisa escapar como acabou de fazer. Estávamos combinando de sair uma dessas noites, quando meu celular vibrou com uma mensagem de Júlia e eu abri imediatamente, visto que ela nunca me mandava mensagens.

Júlia>>> Esqueci algo dentro da sua gaveta. Pode guardar e me entregar em casa?

Sem dá muita atenção ao que saia da boca do meu amigo, eu abri a gaveta com calma, tentando identificar o que ela poderia ter esquecido justo ali dentro. Sem mostrar a Trevor o que eu segurava, abri o amontoado de renda, era a calcinha da filha da puta.

— E esses gerentes incompetentes do caralho me fizeram vir até aqui porque são incapazes de resolver um problema tão simples — Encarei me amigo — Vou ter que ir agora, mas marcaremos algo em breve — Eu ainda segurava a calcinha em minhas mãos, olhava a peça e olhava para Trevor saindo e não consegui ao menos processar uma palavra se quer para me despedir.

Coloquei a calcinha no bolso e levantei para ir atrás da minha mulher, mas Susan me parou com um monte de homens de terno e eu lembrei da reunião que tinha agora. Sem outra alternativa, com uma calcinha no bolso e irritado, eu caminhei até a sala de reuniões enquanto pensava tudo que iria fazer com Júlia quando chegássemos em casa.

[...]

Passei boa parte do meu dia mandando mensagens para minha esposa, que me ignorava com êxito, estava ficando louco e muitas vezes me vi tentado a invadir sua sala, mas me contive e não sei como.

Finalmente o expediente terminou e eu já estava na recepção esperando, conforme eu avisei por mensagem que estaria. Enquanto a esperava, abri minha rede social e repostei alguns projetos que a fui marcado por uns de nossos engenheiros. Geralmente, minha conta só servia para isso mesmo, mas Júlia gostava de postar e eu as vezes me pegava observado o que ela fazia durante seu dia.

Hoje pela manhã ela postou uma foto ainda dentro do carro, onde mostrava apenas seu tablet aberto em sua agenda e as ruas de Nova York de fundo. Abri seus stories e ela tinha repostado um almoço com alguns papéis sobre a mesa de um restaurante, porém a marcação foi feita por Pietro. Ela foi encontrar com ele sem calcinha? Que porra é essa?

Sem aguentar mais esperar e perturbado com o que acabei de ver, eu disquei seu número e liguei para ela que me atendeu no primeiro toque.

— Oi, amor — Respondeu do outro lado da linha e eu me senti tranquilo ao ouvir a forma como me chamou e isso era perigoso, ela não podia me render apenas com uma palavra, eu tinha que me impor. — Já estou descendo — Ela parecia arrumar alguma coisa e escutei seu passos e o barulho do elevador.

— Não demore — Disse simplesmente em um tom neutro e a ligação caiu, provavelmente pela falta de sinal do elevador.

Em menos de um minuto a caixa metálica abriu e eu quase, quase, respirei aliviado, mas Júlia vinha caminhando até mim com um sorriso enorme no rosto e acompanhada por Pietro. O que esse cara tinha que não saia do pé da minha mulher, caralho?


Damned SoulsWhere stories live. Discover now