42 - Dia De Jogos

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Atenção: "Cenas abaixo contém violência, tortura e palavras de baixo calão".

- Jong Up-

- Ah meu jovem, como você se arrepende de ter confiado sua vida na mão daquelas vagabundas, não é?
Gemi de agonia e me forcei a afastar o rosto de onde sentia a quentura do metal comprido e fervente com que se aproximava da minha garganta.
- Por favor, por favor Jackson, eu juro que não sei onde é o acampamento. Eles não contaram, o Levi... AHHHHHHHHHHH! - Mal tive tempo de terminar e senti o meu globo ocular estremecer de dor. O Ferro em brasas tinha acabado de marcar mais um J do nome daquele desgraçado no meu olho esquerdo. Quase arrancando minhas íris para fora. Já tinha certeza que nunca mais poderia enxergar com aquele olho.
Me encolhi contra as correntes que sustentavam meu corpo pendurado pelos pulsos em pé, e senti outra vez a quentura se aproximar, dessa vez do meu saco. Podia sentir o apavoro tomar conta de cada um dos meus neurônios. Eu sabia que jamais poderia ter filhos. Não depois daquela surra que os guardas desgraçados desse filho da puta me deram. Mas a dor que eu ia sentir se aquilo encostasse ali. Deus!
Iria ser insuportável!
- Jackson por favor... - Choraminguei entre soluços sentindo as lágrimas rolando na pele salgada cheia de sangue. Meu rosto havia se tornado um campo de sangue e membros expostos. Meu corpo nem se fala, tinham horas que eu mal sentia a perna direita, Jackson havia garantido que os amiguinhos dele iam quebrar meus ossos até eles serem estilhaços dentro do meu corpo. Minha mão esquerda estava deslocada o bastante para eu mal sentir meus dedos. Porém eu podia sentir a dor. A raiz brotando desde o começo das lesões e formigando como se fossem correntes elétricas perfurando e latejando. Dores insuportáveis para um ser humano, dores que atingiam a parte de trás do cérebro com violência o bastante para ele usar todas as reservas de endorfina capazes de serem acumuladas no corpo de um ser a vida inteira. E mesmo assim não era o bastante.
Jackson parecia apenas se divertir enquanto olhava para a minha figura diante dele. As calças estava molhadas de sangue e mijo, e mesmo assim ele continuava entretido. Será que era isso que as pessoas que eu matei sentiram? Por que a morte parecia tão pior quando era conosco?
Será que eu veria a Mallya uma última vez?
Chorei alto de alívio, sentindo as veias e meus ossos se dissolverem com satisfação quando Jackson abaixou o ferro em brasas e se virou de costas, alguns segundos de alívio passaram pela minha cabeça.
- Mas são muito filhos da puta. Todos vocês nesse cacete, são uns verdadeiros filhos da puta! - Berrou ele do nada, ficando vermelho do pescoço pra cima e então virou com a mão fechada, nocauteando meu olho ferido.
Me mijei mais de dor, sentindo sangue evacuar do meu corpo com mais rapidez do que meu coração falhando podia bombear, tinha certeza que aquele cheiro insuportável de fezes e urina eram meus, nunca me senti tão deplorável. Nunca senti tanta dor e tanto medo de jamais poder ver a luz do sol de novo. Ver o sorriso da Mallya... Ahh como eu queria ter conhecido a minha mãe, talvez até queria um abraço do meu maldito pai. Nunca fui um filho bom pra ele mesmo, e a minha mãe nunca me quis, uma drogada de merda nunca ia querer o próprio filho mesmo, as drogas sempre eram a sua prioridade e não eu.
- Eu acredito em você Jong Up. Ainda acho que você era pra ter tido um futuro melhor, aquelas malditas... Não precisa se preocupar, mais cedo ou mais tarde elas vão se juntar com você, e até o Mark. Os dias deles estão contatos, junto com a profecia do apocalipse. - Jackson gargalhou se aproximando com uma tesoura de jardinagem e acenou a cabeça para os dois brutamontes de merda que estava na sala com ele. Estava começando a sentir falta da cela quando eles vieram para cima de mim e abaixaram minhas calças, a cueca foi junto e com o feio senti o pênis contrair. Eu já podia imaginar o que ia acontecer. O meu pau, Jackson e a tesoura. Isso ia ser muito ruim.
- Não fique com medo Jong Up, é só uma vez, e então você vai ser mais um dos meus servinhos castrados. É bom que merdas como você não se procriem, evita dores de cabeça futuras.

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