Capítulo 17- Devemos sempre dar o nosso melhor.

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DANDARA SCHILLER

Assim que eu retorno da corrida de terça-feira, tomo um banho e escolho com cuidado a roupa que vestiria em meu primeiro dia de trabalho. Desci as escadas e encontrei a mesa do café arrumada e com uma variedade de opções.

— Acordou inspirada, Nic? — Perguntei, enquanto enchia uma caneca com café.
— Sim, e por um bom motivo — Sorriu — Não podia deixar de fazer um café da
manhã  especial para te dar bastante ânimo para você no seu primeiro dia de trabalho.

Sorri agradecida pela gentileza. Ela sabia que eu estava nervosa e ansiosa pelo passo que daria hoje e por isso fez questão de me distrair durante toda a refeição, preenchendo o silêncio e me forçando a falar. Depois de satisfeita, subi para pegar minha bolsa e o jaleco novo. Quando desci as escadas encontrei uma Nicole sorridente e ansiosa à minha espera.

— Vai dar tudo certo, Dan — Disse, me envolvendo em um abraço reconfortante — E se não der, você pode me ligar, porque faço questão de chutar a bunda de quem ousar te atrapalhar.

Sorri apesar de saber que ela seria realmente capaz disso se lhe pedisse.

— O que você irá fazer enquanto estou no trabalho?
— Compras logicamente. — Ela diz.
— Claro, eu deveria lembrar que isso é sua terapia.— Sorri — Até mais tarde então, tenha um ótimo dia de compras.

Dei-lhe um último abraço e então sai de casa, pronta para enfrentar o primeiro dia de trabalho. Quando eu chego ao ponto de táxi não encontro nenhum disponível, todos estão ocupados. Merda! Eu preciso seguir o conselho de Nicole e conseguir uma licença para dirigir.

O mais rápido possível.

O som de buzina rompeu meus pensamentos. Meus olhos seguiram o som e observei um carro preto brilhante parar ao meu lado. A janela do motorista é abaixada revelando um rosto que conheço muito bem.

— Entre. —Ele diz, apoiando seu
antebraço na janela e empurrando seus óculos escuros de armação preta para o
alto, até o topo de seu cabelo.

De jeito nenhum quero estar em um carro com ele.

— Agradeço a oferta, mas irei pegar um táxi. Obrigada.

Ele não vacila ou muda sua expressão, apenas levanta as sobrancelhas.

— Você deveria saber que esse horário é difícil encontrar um taxi disponível. Entre.
— Eu...
— Estamos indo para o mesmo local. Vou te dar uma carona. Pare de pensar demais. Não estou fazendo por você. Eu apenas gosto que minha equipe esteja toda presente quando eu chegar.

Um soco cheio de classe no meio do meu estômago! Oh Deus. Eu o odeio. Eu o odeio ainda mais porque acho que não tenho muitas opções.

— Você realmente quer esperar aqui até que um táxi esteja disponível?—Ele
pergunta— Isso pode levar longos minutos e você chegará atrasada.

Ele tem razão.

— Entre. Não tenho o dia todo. Vamos. Você não quer esperar, eu também não— Ele abriu a porta e indicou o banco de trás.

Respirei fundo e entrei.

— Obrigada —Mumurrei educadamente. Cada palavra sendo arrancada da minha boca com um alicate.

Por ordem divina, o trajeto é feito em silêncio, e uma vez que o carro é estacionado eu praticamente pulo para fora depois de sussurrar mais um agradecimento. Encontro Blair na recepção e depois de nos cumprimentarmos, nós seguimos para o elevador e então caminhando por alguns corredores, que eu julgava nos levar à sala onde eu havia sido entrevista há poucos dias. Antes de chegar à sala, ela se deteve diante de outra porta e a abriu, revelando um consultório pequeno porém muito bem equipado e com uma decoração simples.

Na batida do teu coração Where stories live. Discover now