Capítulo 63-Sabe o que é simples e rápido? Acusar alguém

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DANDARA SCHILLER

Quando abro meu olhos, o cinza da manhã está só espreitando através das sombra. Eu ainda estou dolorida, mas me sinto maravilhosa e pronta para mais uma maratona. Mas quando busco Jackson, o seu lado da cama está vazio e frio. É nesse momento que um grito me alcança como um afiado espeto abaixo das costelas, e a compreensão do que me acordou rompe o nevoeiro no meu cérebro.

Foi o som de vozes gritando lá em baixo.

Eu me sentei, empurrando as cobertas. Uma comoção alta passava pelas escadas. A porta batendo, gritos masculinos. Quando reconheci que uma das vozes dos homens bravos era a do detetive Madison meu estômago caiu para os dedos dos pés.

— Oh meu Deus...

Meu pulso tremeu quando eu pulei da cama, e mesmo vestida com uma blusa e cueca de Jackson, eu puxo um roupão sobre meu corpo antes de correr pelo corredor e descer a escada. Eu congelei na porta. A cena caótica me bate forte, e eu não posso respirar por um momento. Carros de polícia estão por toda parte na rua. Se alguém fizesse pesadelos para pessoas, esse seria meu. Meu conto de fadas estava se desfazendo como bolas de sabão. A raiva permeava o ar tão espessa que tocava minha pele. Eu não consigo me mover, o mundo é nada, exceto um turbilhão de cores e luzes piscando, girando ao meu redor. Se o meu coração já não estava em pânico apenas vendo tantos policiais,
certamente eu fico quando eu percebo que eles estão ao redor de alguém e meus irmãos e Wes estão lá também. Eu procuro por Jackson em meio aos vizinhos intrometidos que ficam na rua sussurrando um para o outro, tentando descobrir o que está
acontecendo enquanto olham para mim e para os policiais em volta de alguém. Eu escorrego da varanda, desesperada por respostas mas alguém agarra meu braço.

— Senhora, por favor, fique longe. — Um policial puxa meu braço, gentilmente pedindo-me para seguir suas ordens.

Sacudindo o meu braço longe, eu corro tão rápido quanto eu posso, procurando por todo o lugar. Quando eu vejo que é Jackson que está cercado pelos policiais meu coração acelera.

O que diabos está acontecendo?

Ele está lutando com eles, gritando: — Apenas me diga se ela está acordada!

Apressando-me, estou quase perto de Jackson quando um braço
forte alcança e me agarra pela cintura, me parando. É Luan, e
perdida em meu pânico, o medo por Jackson, eu o empurro.

— Saia de cima de mim.

Então eu ando em direção a  novamente, apenas para ser parada por Nicolas agora.

— Não tente fazer isso difícil, Dandara — Meu irmão rosnou.
— Foda-se. Me deixe chegar até ele. — Eu grito e então sua expressão se tornou ainda mais tempestuosa.

Ele balançou a cabeça, tentando me levar para longe.

— Jackson — Eu grito, e quando seu olhar encontra o meu, seus olhos parecem estar além de aliviados.
— Pronto, Fremont. Você já a viu.

Um suor frio caiu pelas minhas costas e meu coração se transformou em um bloco de gelo quando o detetive se aproximou e puxou os braços de Jackson atrás das costas

— Não tente resistir a prisão novamente, ou às coisas serão piores.
— O que é isso? O que você está fazendo? —Eu me movo no instinto para alcançar Jackson.

Mas Nicolas coloca mais força em seu aperto e sou puxada para o outro extremo da rua.

— Me solte porra!—Eu chuto para me livrar do aperto do meu irmão— Por quê ele está sendo preso? Ele não fez nada!

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