Capítulo 51- É hora de tequila, baby!

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DANDARA SCHILLER

A semana no hospital começou de maneira mais difícil do que normalmente é, porque Jackson precisou resolver assuntos médicos fora do hospital. Ele ficou três dias longe, e mesmo que eu tenha ficado a maior parte do tempo na emergência com casos cotidianos, sem o Dr. Fremont aqui o dia ficou mais longo. E na quinta feira que ele estaria de volta, eu estou no limite da saudade e encontro-me procurando-o constantemente. Mas perto do almoço, estamos trocando mensagens quando ele me escreve que a convenção terá um momento extra, e ele não estará de volta hoje. É frustrante, mas ao menos eu paro de ficar esperando que ele chegue a cada segundo. Quando chega o fim do plantão, Rosie e Charles confirmam de ir ao clube  no centro. É algo que nós quatro adotamos como tradição. Nossos empregos no hospital são tudo, menos típicos. O nosso drama não é alguém comendo nossa sobremesa da geladeira da empresa. Vemos morte e tristeza a cada dia. Um diagnóstico terminal, anunciar à uma família que alguém querido faleceu, casais sendo separados pela morte, pais perdendo filhos. Toda a gama de emoções acontece dentro dos hospitais. Então decidimos que à cada final de escala de plantão longa dos quatro, nós faríamos valer a pena a vida. Nós íamos nos divertir. No entanto, não sinto muita empolgação essa noite.

— É hora de tequila, baby! — Rosie grita, me seguindo pela porta do hospital para a noite do lado de fora.
— Eu vou passar dessa vez —Eu digo e
Blair joga o braço em volta do meu ombro e me puxa para ela.
— Pare de se deprimir agora, Dan. Seu doutor sabe o caminho para casa. Guarde a saudade e vamos beber um pouco. Você verá ele amanhã.

Eu seguro minhas bochechas porque eu posso sentir o calor do meu rubor.

— Tão nítido assim?
— Escrito “saudades” em letras garrafais na sua testa—Ela brinca.— Mas vamos te animar com algumas horas de selvageria.

Meu lábio se curva. A verdade era que eu queria muito ir para casa e conversar com Jackson, mesmo que por telefone.

— Minha cama soa melhor. — Eu digo — E além disso, não posso deixar meu irmão sozinho em casa.
— Não! — Ela me interrompe e me vira para encará-la. — Eu entendo que a ideia de rever seu doutor é mais atrativa. Você acha que eu não sinto vontade de ir para casa a tempo de ver meu delegado tão bem em seu uniforme? Quero muito. Mas eu deixei você lamentar estes últimos dias no trabalho por saudades do seu amado, e agora você vai se divertir. É nossa coisa, se tornou tradição. Seu irmão provavelmente não está em casa também, você mesma me disse que ele já estava arrastando asas para uma garota da sua rua. E estamos saindo de uma escala extensa e nós temos três dias de folga. Agora é a nossa hora, vamos aproveitar.
— Claro que sim, — Rosie concorda com um sorriso lascivo.

Olho para ela melancolicamente enquanto ela acrescenta: — Dynasty Club é sempre diversão na certa. Estou tão animada que estamos
na mesma escala. A última vez eu perdi você bêbada e me recuso a
perder de novo. Dandara Schiller ficando selvagem deve ser um espetáculo.

Eu sorrio com o conhecimento de que lutar contra essas mulheres determinadas é inútil. E no fundo, sei que elas estão certa.

— Tudo bem — Eu concordo.— Merecemos ter um tempo de diversão. Prometo que não vou ser uma chata. Vamos ter um pouco de tequila.
— Certíssima! — Ela cantarola, enganchando nossos braços.

Quando chegamos ao Dynasty Club, naturalmente Charles e Rosie vão se arriscar na pista de dança com o mar de pessoas se esfregando umas contra as outras enquanto Blair e eu ficamos na mesa ao canto, como sempre. Nós pedimos o drink Paloma e aproveitamos o momento para colocar todo assunto em dia. Para a próxima duas horas e meia, Blair e eu aproveitamos as bebidas. Algum tempo depois das oito, nós
tínhamos ingerido álcool suficiente para alcançar o estágio de rir da nossa embriaguez. Estávamos a meio caminho entre sóbrias e falar indistintamente, estabelecendo muito bem no que eu gostava de chamar a fase de confessionário, onde tudo
parecia claro como cristal, e dividir parecia libertador. Eu mal podia me conter enquanto compartilhava a minha evolução na relação com Jackson com ela que certamente amava ser minha ouvinte. É tão diferente a maneira como ela fica feliz com minha felicidade. Seu olhos brilham como os meus e ela já está planejando até como nossos filhos e filhas serão melhores amigos.

Na batida do teu coração Where stories live. Discover now