Capítulo 22-Estou tentado a desafiar meus limites, ir além dos meus horizontes

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JACKSON FREMONT

Desistindo de qualquer restos de comida na minha geladeira, peguei meu telefone no balcão e caminhei até o sofá para fazer o pedido de alguma refeição decente. Sentei-me sobre as almofadas de couro e comecei a discar o número. Recostando- me e apoiando os pés na mesa de centro, comecei a fazer meu pedido quando a atendente do outro lado começou a falar as opções da noite. Eu estava próximo de concluir o pedido quando ouvi um barulho alto vindo da rua. Quando ouvi gritos de uma mulher, deixei o celular cair e corri para a janela. Constatei que os gritos vinham da casa de Dandara e eles continuaram uma e outra vez, mas eu não conseguia entender o que ela estava dizendo. Eu estava preocupado que algo estava errado, então em poucos minutos estava na porta da frente da casa, que estava destrancada, e entrei na casa antes mesmo de pensar a respeito.

— Dra. Schiller? — Chamei e não tive resposta.
— Merda! Merda! Merda!— Dandara gritou do andar de cima— Então vá buscar uma chave ou algo assim !! Depressa!

Quando subi as escadas segui as vozes até um banheiro em confusão, levei um segundo para registrar o que estava vendo. Entre todos os gritos e a água e espumas era um caos. A torneira deve ter se partido da parede e água estava espalhada por todo o lugar. Com uma mão, Dandara tinha uma toalha de banho cobrindo o enorme buraco na parede, enquanto a outra  continuamente girava a torneira. Girando e girando em uma tentativa fracassada de desligar a água. Nada que ela estava fazendo traz resultados, nem mesmo um pouco, e ela estava encharcada da cabeça aos pés.

— Quem chegou? — Ela abriu os olhos e um olhar de puro horror cruzou seu rosto quando ela notou que eu estava na porta.
— Temos que parar de nos encontrar em situações confusas, Dra. Schiller— Digo com um sorriso.
— Oh graças a Deus alguém que pode ajudar. — Sua irmã se afastou da porta.
— Eu preciso de uma chave —Digo enquanto caminho até a banheira e me ajoelho junto à torneira.
— Tem uma caixa de ferramentas embaixo da pia, Nicole. Pegue uma ferramenta com o corpo em metal composta por uma boca regulável. —Ela instrui a irmã.

E poucos segundos depois Nicole me entrega a chave. Depois de remover a cobertura tá torneira, eu usei a chave para torcer a água fora. Assim que a água parou de jorrar da parede, o banheiro ficou em silêncio.

— Até que fim — Dandara suspira.

Ainda ajoelhado, olhei para ela, mas quando notei que sua camiseta  estava completamente encharcada e transparente ao ponto de deixar visível seus peitos perfeitos debaixo do tecido molhado, rapidamente me afastei.

— Ei, mas como você entrou aqui?— Ela perguntou.
— A porta estava aberta.
— Você invadiu minha casa. — Ela acusou com certa ironia.

Jogando sua atitude de volta para ela, eu me levantei e rosnei. — Vocês estavam gritando. Julguei que a situação fosse urgente. Você sabe bem como situações aparentemente urgentes estimulam atitudes pouco prudentes.

Suas bochechas coraram vermelhas quando ela tropeçou.

— Eu...humm ...

Eu cruzei meus braços e levantei uma sobrancelha.

— É aqui que você diz obrigado.

Ela cortou os olhos para mim e cuspiu o agradecimento.

— Obrigado.

Ela passa a mão para tirar as espumas de suas pernas e o movimento é mal calculado porque ela acaba escorregando. Meu corpo é o mais próximo que ela consegue alcançar e termina de joelhos em minha frente, as mãos agarradas nas pontas de minha camisa.

Não é uma lembrança tão distante.

— Desculpe. — Ela olhou para cima com seus olhos arregalados.

Na batida do teu coração Where stories live. Discover now